Peixe-boi Kinjá faz 21 anos e reforça luta pela preservação da espécie


Por: Cenarium*

12 de fevereiro de 2025
Peixe-boi Kinjá faz 21 anos e reforça luta pela preservação da espécie
Serão três dias de festa, e o Kinjá, o grande protagonista das festividades, ficará no tanque de exposição no Bosque da Ciência, do dia 11 ao dia 13 de fevereiro (Divulgação/Ampa.)

MANAUS (AM) – O peixe-boi da Amazônia mais bonito do mundo, o Kinjá, completa 21 anos de vida e ficará no tanque de exposição do dia 11 ao dia 13. Para comemorar essa data, o Laboratório de Mamíferos Aquáticos (LMA) do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), em parceria com a Associação Amigos do Peixe-boi (Ampa), celebrará a data com sensibilização ambiental e uma oficina de origami na quarta-feira, 12, no Bosque da Ciência, a partir das 9h. 

A atividade comemora a trajetória de Kinjá, mas principalmente busca conscientizar a população sobre a importância de conhecer e proteger essa espécie Amazônica ameaçada. 

Peixe-boi Kinjá (Divulgação)

A coordenadora do Projeto Peixe-boi do Inpa, que recebe apoio do Fundo de Conservação do SeaWorld & Busch Gardens, Vera da Silva, explica que o peixe-boi da Amazônia é a única espécie dentre os sirênios que possui uma mancha branca ou rosada na barriga. “Esta característica contribui para o manejo no cativeiro porque cada indivíduo possui uma mancha única, funcionando como uma impressão digital e que ajuda na identificação de cada animal”. 

Kinjá 

Nascido em cativeiro no Inpa em fevereiro de 2004, Kinjá é filho da fêmea Boo e do macho Tupy. O charme desse peixe-boi é devido à marcante mancha branca que se estende da barriga, passa pela nadadeira peitoral e vai até o focinho, característica que, segundo especialistas, o torna o peixe-boi da Amazônia mais bonito.

Educação ambiental 

Nesta quarta-feira, 12, os visitantes do Bosque da Ciência terão a oportunidade de participar da programação de sensibilização ambiental e da oficina de origami para conhecer mais sobre o Projeto e sobre a espécie. 

A atividade de sensibilização, que será conduzida pela equipe de Educação Ambiental da Ampa, começa às 9h, e a oficina de origami às 10h.

Projeto Peixe-boi do Inpa

O projeto peixe-boi do Inpa existe desde 1974 e a primeira reprodução em cativeiro aconteceu em 1998, com o nascimento do filhote macho Erê. Segundo da Silva, a reprodução da espécie começou a dar certo por conta da mudança no manejo e alimentação dos animais.

A reprodução em cativeiro do peixe-boi da Amazônia está dominada e conhecida graças as pesquisas pioneiras realizadas pelo Instituto há mais de 40 anos, porém não é realizada há 10 anos por conta da grande quantidade de filhotes órfãos de peixes-bois que recebemos anualmente, há mais de 10 anos que não permitimos a reprodução da espécie no Inpa. Resgatamos em média de 10 a 15 peixes- bois por ano, por isso agora as fêmeas são separadas dos machos”, explica a bióloga que é doutora em Ecologia e Reprodução de mamíferos aquáticos pela Universidade de Cambridge (UK).

O Projeto Peixe-boi recebe apoio financeiro do Seaworld por meio do Fundo de Conservação do SeaWorld & Busch Gardens, para realizar as ações de manejo, readaptação à natureza, soltura nos rios e monitoramento dos animais soltos.

(*) Com informações do governo federal

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