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Pelo segundo ano consecutivo, confeiteiros buscam alternativas para inovar na Páscoa e aumentar vendas
Cardápio variado tem sido a aposta do segmento para a data (Arquivo Pessoal/Reprodução)
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28 de março de 2021
Bruno Pacheco – Da Revista Cenarium
MANAUS – A pandemia do novo coronavírus, pelo segundo ano consecutivo, faz confeiteiros buscarem alternativas para chamar a atenção do consumidor e conseguir vender os tradicionais ovos de Páscoa. Com a projeção de crescimento de 10% a 15% na comercialização de produtos ligados à data, segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), a aposta dos produtores tem sido disponibilizar um cardápio variado.
Há um ano, a confeiteira artesanal Tainá Andrades, de 23 anos, começou a empreender no segmento para uma renda extra e abriu o próprio negócio. Desde então, a jovem manauara não parou de trabalhar com a confeitaria. À REVISTA CENARIUM, ela contou que se apaixonou pela área e se especializou na decoração de bolos.
“Comecei na Páscoa, pois meu marido ficou desempregado bem na pandemia. Eu não sabia que gostava, até ter uma ideia e testar sozinha, apenas vendo alguns vídeos e pesquisando. No ano passado, vendia apenas ovos de colher e para criança, os ‘miniconfeiteiros’. Continuei e adicionei um ovo trufado, que é totalmente artesanal decorado por fora”, contou.
Antes de seguir atuando como confeiteira, Tainá era maquiadora e ainda cursa a faculdade de Estética. Em 2020, ela vendia apenas ovos de colher e para crianças, “os miniconfeiteiros”. Neste ano, Tainá adicionou o ovo trufado que é totalmente artesanal e decorado externamente. Os produtos estão disponíveis pelos preços de R$ 30, R$ 40, R$ 55 e R$ 70. Por se tratarem se ovos artesanais, é necessário encomendar com dois dias de antecedência. Veja mais no Instagram.
Aos 23 anos, Tainá é casada, mãe de um bebê de 1 ano e 5 meses e confeiteira (Arquivo Pessoal/Reprodução)
“A confeitaria é uma parceria minha e do meu esposo, ele me ajuda em tudo. Depois da Páscoa do ano passado, me apaixonei por esse ramo e tive que me reinventar, pois cursava faculdade de estética e precisava de alguma renda. E aí fui para bolos decorados que estou até hoje. Eu estou apostando bastante no marketing do Instagram, postando fotos e vídeos todos os dias, os bastidores”, salientou.
Produção de bolos artesanais
Mônica de Moraes Cunha, de 52 anos, trabalha com a produção de bolos artesanais há dois anos, quando também resolveu vender ovos de Páscoa. “Resolvi arriscar, sem curso e sem nada, só pesquisando na Internet. Comecei a fazer para familiares e os amigos mais próximos, até que veio a pandemia e ficamos preocupados, mas fiz propagandas e tive um retorno muito grande. Este ano, continuei. Deixo meu cliente bem à vontade, que escolhe o que incluir no recheio dos ovos de Páscoa e nos bolos”, explicou.
Os ovos de Páscoa produzidos por Mônica são os tradicionais “gourmet”, de colher, e saem à preços de R$ 35 a R$ 45, com diversos sabores. Em 2021, as vendas começaram a acontecer nesta semana, com a retirada na loja, na rua Pirajuba, conjunto Duque de Caxias, no bairro Flores, em Manaus.
Além de ovos de Páscoa, Mônica produz bolos artesanais (Arquivo Pessoal/Reprodução)
Expectativas com as vendas
Em todo o País, a expectativa do crescimento das vendas de produtos ligados à Pascoa é de 10% a 15% em 2021, em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com a pesquisa apresentada na segunda semana de março de 2020 pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
Segundo o superintendente do órgão, Márcio Milan, mesmo com impacto da pandemia, a comercialização de ovos de páscoa deve ser melhor do que em 2020, cuja cadeia produtiva havia sido pega de surpresa. “Este ano o setor se preparou para as vendas em período mais remoto, e conta ainda com uma força maior do e-commerce que ganhou mais clientes durante a pandemia”, frisou.
Entre as apostas, segundo a pesquisa, estão os itens de menor valor agregado, como os bombons (12,9%), as barras, tabletes, entre outros (11,8%) e os ovos de Páscoa de até 200 gramas (9,4%). Veja aqui a apresentação da coletiva na íntegra.
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