‘Pensar em matar não é crime’, diz filho de Bolsonaro sobre operação da PF


Por: Marcela Leiros

19 de novembro de 2024
‘Pensar em matar não é crime’, diz filho de Bolsonaro sobre operação da PF
Flávio Bolsonaro é filho de Jair Bolsonaro (Composição: Weslley Santos/CENARIUM)

MANAUS (AM) – O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), disse, nesta terça-feira, 19, que “pensar em matar alguém não é crime” ao falar sobre a operação da Polícia Federal (PF) que prendeu suspeitos de planejarem um golpe de Estado depois das eleições de 2022. O plano incluía matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin, e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Por mais que seja repugnante pensar em matar alguém, isso não é crime. E, para haver uma tentativa, é preciso que sua execução seja interrompida por alguma situação alheia à vontade dos agentes. O que não parece ter ocorrido”, comentou na rede social X.

Para Flávio, as decisões judiciais “sem amparo legal são repugnantes e antidemocráticas”. O senador também citou um projeto de lei (PL) de sua autoria que tramita no Congresso. Segundo o parlamentar, a proposta “criminaliza ato preparatório de crime que implique lesão ou morte de três ou mais pessoas, pois hoje isso simplesmente não é crime”. A operação da PF foi autorizada por Moraes.

A “Operação Contragolpe” foi deflagrada na manhã desta terça-feira, 19. Foram presos quatro militares e um policial federal. Segundo informações da PF, o grupo, formado por militares especializados em Operações Especiais e conhecidos como “Kids Pretos”, criou um plano denominado “Punhal Verde e Amarelo”.

Os presos são:

  • general de brigada Mario Fernandes (na reserva);
  • tenente-coronel Hélio Ferreira Lima;
  • major Rodrigo Bezerra Azevedo;
  • major Rafael Martins de Oliveira; e o
  • policial federal Wladimir Matos Soares.

O grupo planejava ações extremas, incluindo o assassinato das autoridades e a criação de um “Gabinete Institucional de Gestão de Crise” para justificar um golpe de Estado. O plano golpista, de acordo com a PF, envolvia o envenenamento do então presidente eleito Lula (PT).

Para execução do presidente Lula, o documento descreve, considerando sua vulnerabilidade de saúde e ida frequente a hospitais, a possibilidade de utilização de envenenamento ou uso de químicos para causar um colapso orgânico“, consta no inquérito da PF.

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