Pequenas empresas de Manaus tentam alavancar vendas para escapar da crise causada pela pandemia

Empresas relatam dificuldades e qual a saída que eles acharam para escapar e alavancar as vendas durante esse processo (Divulgação)

Victória Sales – Da Revista Cenarium

MANAUS – A pandemia de Covid-19 mudou a rotina de funcionamento de 5,3 milhões de pequenas empresas no Brasil, conforme dados da Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Em entrevista à REVISTA CENARIUM, microempresários de Manaus relatam as dificuldades e alternativas para alavancar as vendas em meio à crise.

Segundo os proprietários da empresa Dulceland, Luan Monte e Paula Cristina, a empresa apesentou crescimento apesar das dificuldades apresentadas. “Arrumamos um jeito de levar nossos produtos para a casa das pessoas com todas as restrições e medidas de segurança adotadas pela Organização Mundial da Saúde”, destacou Luan.

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“Aproveitamos datas comemorativas para divulgar novos produtos como ovos de páscoa, bolos confeitados, cupcakes, brownies, kit festas e muito mais. Uma das alternativas adotadas, foi aumentar nossas formas de pagamentos e o serviço de entrega”, ressaltou Paula.

Produto ofertado pela microempresa Dulceland (Divulgação/ Dulceland)

Levantamento

Um estudo feito pelo Sebrae, em 2020, aponta que entre as empresas que decidiram funcionar na pandemia, apenas 41,9% destas resolveram se modernizar e fazer entregas por meio de atendimento online e delivery.

De acordo com o microempresário, Christian Gabriel, a pandemia não afetou a empresa, pois o trabalho é feito totalmente por meio das redes sociais. “O empreendimento é feito todo pelo WhatsApp e Instagram, que são os meus principais meios de venda. Eu trabalho com uma loja de roupa, então não me priva muito. Além de que ele é minha segunda fonte de renda e eu espero fazer dele a principal”, disse.

Para a proprietária da empresa Use Bali Beauty, Joana Gabrielle Hagge, o empreendimento teve início quando mesmo confinada, a microempresária percebeu que gostava de ser vaidosa e de se produzir para que a sua imagem, mesmo que online, permanecesse fiel a imagem usada no trabalho.

“Tendo isso em vista, resolvi abrir um negócio online que coincidisse com o meu perfil, então investi em linhas de maquiagens de excelente qualidade, com valores acessíveis e com um sistema de entrega confiável, podendo assim satisfazer a vaidade e enaltecer a beleza de todas as mulheres, que também enfrentam essa pandemia”, explicou Joana.

Joana destacou que por trabalhar como modelo e, principalmente, entender de E-Commerce, teve uma noção de como se manter ativa na internet, usando as redes sociais a seu favor. “Resolvi aproveitar os muitos contatos que fiz trabalhando com a internet, para desta vez me lançar como empresária no mundo digital. Meu escopo não se resume apenas em vendas, mas também em consultoria que faço com a maior satisfação”, destacou.

A microempresária e proprietária da loja Use Bali Beauty, Joana Gabrielle (Divulgação)

Diante disso, Joana mencionou que é importante enfatizar a atenção diferenciada que dá aos seus clientes, tanto na hora da compra quanto depois, com o famoso feedback, que também pode-se incluir o trabalho com tráfego pago (anúncios que podemos pagar para que aquela publicação tenha um alcance maior).

“Outra forma que encontrei para conquistar o público são as cartinhas de agradecimento que vão dentro das sacolas, fazendo com que o cliente se sinta ainda mais querido e feliz em compartilhar que usa os produtos da minha loja, garantindo a divulgação da marca e crescendo a partir disso”, ressaltou.

Mas ao contrário do que muita gente imagina, a pandemia conseguiu fechar as portas de diversas microempresas. De acordo com uma pesquisa realizada pela empresa Mastercard e Americas Market Intelligence (AMI) o distanciamento social fez com que o comércio eletrônico crescesse na América Latina e Caribe. Cerca de 46% da população aumentaram as compras pela internet durante a pandemia.

Segundo a microempresária, Jordana Lopes, ao contrário das outras empresas, o seu salão de beleza teve uma queda no rendimento durante a pandemia. “Eu abri o salão como uma forma de manter minha renda, eu achava que tudo ia se normalizar, tanto que os dois primeiros meses foram ótimos, mas de um mês para cá as coisas vêm apertando e ficando cada vez pior. O ponto que funciona o salão é alugado e eu não estou conseguindo manter, se continuar assim eu infelizmente terei que fechar”, ressaltou.

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