Pesquisa diz que mulher pode ter sido curada do HIV após transplante de sangue do cordão umbilical

O sangue do cordão umbilical é mais amplamente disponível do que as células-tronco adultas normalmente usadas em transplantes de medula óssea (Reprodução)

Com informações do Estadão

MANAUS- Uma, de origem birracial, pode ser a terceira pessoa a ser curada do HIV, vírus causador da Aids, anunciaram cientistas nesta terça-feira, 15. Ela foi tratada por meio de um novo método de transplante envolvendo sangue do cordão umbilical, o que abre a possibilidade de curar pessoas de diversas origens raciais. 

O sangue do cordão umbilical é mais amplamente disponível do que as células-tronco adultas normalmente usadas em transplantes de medula óssea, e não precisa ser perfeitamente compatível com o receptor. A maioria dos doadores nos registros é de origem caucasiana, portanto, a necessidade de apenas uma correspondência parcial tem o potencial de curar dezenas de americanos que têm HIV e câncer por ano, informaram os cientistas.

A mulher, que também tinha leucemia, recebeu sangue do cordão umbilical para tratar o câncer. O fluido veio de um doador parcialmente compatível com a paciente, e não de alguém de raça e etnia semelhantes, prática tradicional. Ela também recebeu sangue de um parente próximo que lhe proporcionou defesas imunológicas temporárias enquanto o transplante acontecia.

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Os pesquisadores apresentaram detalhes do novo caso nesta terça na Conferência sobre Retrovírus e Infecções Oportunistas em Denver, nos Estados Unidos. O sexo e a origem racial da paciente marcam um passo significativo no desenvolvimento de uma cura para o HIV, destacaram os pesquisadores.

“O fato de ela ser birracial e mulher é muito importante cientificamente e em termos de impacto na comunidade”, disse Steven Deeks, especialista em Aids da Universidade da Califórnia, em São Francisco, que não esteve diretamente envolvido nessa pesquisa.

Acredita-se que a infecção pelo HIV progride de maneira diferente em mulheres. Embora representem mais da metade dos casos de infecção por HIV no mundo, elas são apenas 11% dos participantes em ensaios de cura.

Deeks, porém, não acredita que essa técnica vá se tornar comum. “Essas são histórias trazem inspiração para o campo e, talvez, um roteiro”, disse ele. Drogas antirretrovirais poderosas podem controlar o HIV, mas a cura é a chave para acabar com uma pandemia de décadas. Em todo o mundo, cerca de 38 milhões de pessoas vivem com o vírus e cerca de 73% recebem tratamento. Mulher pode ter sido curada do HIV após transplante de sangue do cordão umbilical, diz pesquisa

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