BOA VISTA (RR) – O governo de Roraima divulgou a primeira pesquisa voltada aos preços de material escolar vendido no comércio local, com o intuito de ajudar as famílias na compra dos principais itens escolares. Realizada pela Coordenação Geral de Estudos Econômicos e Sociais (CGEES), durante os dias 7 e 10 de janeiro, a pesquisa mostra os levantamentos dos valores médios dos materiais em 15 papelarias espalhadas pela capital, Boa Vista.
Conformes os dados divulgados pela CGEES, as equipes pesquisaram um total de 25 itens, distribuídos em 3 categorias, sendo elas, os produtos de papelaria em geral, produtos para escrita convencional e produtos de artes e criatividade. No geral, as papelarias que tiveram seus preços coletados estavam distribuídas em 12 bairros.
Para o secretário-adjunto de Planejamento e Orçamento, Fábio Martinez, nesta época do ano os comércios são diretamente impactados com às voltas aulas, dando destaque para o setor de papelarias. Ele ressalta alguns cuidados que os consumidores devem ter.
“Em relação aos cuidados que os pais devem ter, eles têm que, primeiro, pesquisar bem antes de comprar. A pesquisa mostra que existe uma variação muito acentuada de preços desses materiais de acordo com os estabelecimentos. A pesquisa foi feita com base nos preços mais baixos e a gente vê que de um estabelecimento para outro, às vezes o preço é duas ou três vezes mais caro. Então é importante que as pessoas utilizem essa pesquisa para ter noção de qual é o preço médio, para evitar pagar mais caro”, disse.
Categorias
Portanto, na primeira categoria, de produtos de papelaria em geral, os dados revelam que, em média, os itens mais caros dessa categoria são os pacotes de papel A4 com 500 folhas (R$ 28,96), assim como o caderno de 12 matérias com 240 folhas (R$ 26,55). Dentre os produtos mais baratos, estavam o pacote de papel A4 com 100 folhas, com preço médio de R$ 10,34.
Na categoria de escrita convencional, que são produtos essenciais para o uso cotidiano, como ambientes escolares e escritórios, a pesquisa mostra diferenças expressivas de preços no mercado local. Ou seja, o apontador de lápis com um furo e depósito, mesmo considerando as diferenças de marcas, apresentou uma diferença significativa de 1.100% entre o preço mínimo (R$ 0,25) e o máximo (R$ 3,00).
Outros itens analisados nesta categoria foram, corretivo líquido de 18 ml, com variação do mais barato para o mais caro de 504%, sendo o preço mais baixo de R$ 2,25 e o maior de R$ 13,60. Por outro lado, a caneta esferográfica de 0,7 mm e o lápis preto n.º 02 tiveram em proporção menor em relação às variações. O preço médio da caneta foi de R$ 1,46 e do lápis de R$ 0,80.
Por fim, na última categoria, com itens de atividades artísticas e criativas, utilizados por estudantes e profissionais de diversas áreas, a pesquisa apresentou resultados interessantes. As famosas canetas de hidrocor, com 12 cores, tiveram a maior diferença de preço, com variação de 300%, sendo o mais baixo (R$ 3,00) e o mais alto (R$ 12,00).
“A tinta guache em caixa com 6 cores (15 ml), cuja variação foi de 236,5%, com valores entre R$ 4,16 e R$ 14,00. De forma semelhante, o lápis de cor em caixa com 12 cores teve variação de 207,7%, com preços variando entre R$ 3,90 e R$ 12,00”, destaca o documento.
Editado por John Britto