Pesquisadora indígena da Ufam recebe prêmio por valorização ancestral


Por: Cenarium*

15 de novembro de 2024
Pesquisadora indígena da Ufam recebe prêmio por valorização ancestral
Pesquisadora Sileusa Natalina Menezes Monteiro, da etnia Dessana de São Gabriel da Cachoeira (AM) (Divulgação)

MANAUS – A pesquisadora Sileusa Natalina Menezes Monteiro, da etnia Dessana de São Gabriel da Cachoeira (AM), foi uma das vencedoras do Programa Ancestralidades de Valorização à Pesquisa 2024, promovido pelo Itaú Cultural em parceria com a Fundação Tide Setubal. Autora do estudo “Da carne da Terra se faz a cerâmica”, Sileusa foi contemplada na categoria “Pesquisas em andamento”, que premiou sete projetos de todo o Brasil. O evento de premiação aconteceu no dia 12 de novembro, em São Paulo, ao término do seminário “Ancestralidades: desafios ambientais e raciais”.

Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Sileusa celebrou o reconhecimento de seu trabalho, que aborda os saberes ancestrais femininos na produção de cerâmica pelas mulheres indígenas. “Esse prêmio representa um passo para esse reconhecimento. As mulheres indígenas são construtoras de vários conhecimentos, um deles é o saber fazer cerâmica, que desde os tempos ancestrais são repassados de geração em geração por meio da oralidade e prática no cotidiano”, destacou.

O Programa Ancestralidades de Valorização à Pesquisa 2024 recebeu 267 inscrições, com projetos provenientes de todas as regiões do Brasil. Com foco em saberes relacionados a meio ambiente e raça, a iniciativa visa fomentar reflexões e experiências que contribuam para uma sociedade mais justa, diversa e equitativa. Foram premiados sete projetos em andamento e cinco já concluídos.

Sileusa também ressaltou a relevância de sua premiação no contexto nacional: “Estar no meio das sete pesquisas em andamento premiadas pela Itaú Cultural e Fundação Tide Setubal significa que os conhecimentos femininos podem estar em outros espaços, dialogando com os diferentes conhecimentos. Vivemos em um país pluriétnico, e a diversidade de saberes dos povos precisa ser respeitada e valorizada, independente da cor, contexto e especificidade”.

(*) Com informações da Assessoria

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