Pessoas ligadas a vereador deixam PF após ação sobre compra de votos
Por: Jadson Lima
27 de outubro de 2024
MANAUS (AM) – Três pessoas ligadas ao vereador de Manaus Rosinaldo Bual (Agir) deixaram a sede da Superintendência da Polícia Federal (PF) no Amazonas, na tarde deste domingo, 27, em Manaus. Eles foram encaminhados à instituição sob suspeita de compra de votos na capital amazonense. De acordo com informações apuradas pela CENARIUM, tratam-se de Suame Anderson de Santana Ramos, de 44 anos; Francisco Carlos Monteiro Dutra, de 50 anos; e Raimundo Tavares da Silva, de 55 anos.

Um relatório da Polícia Militar do Amazonas (PMAM) aponta que foram encontrados cerca de R$ 1.914 em posse de dois dos três suspeitos. A ocorrência foi registrada no bairro Compensa, Zona Oeste de Manaus, após um um dos militares informar, via linha direta, “compra de votos através de imagens para o candidato a prefeito de Manaus David Almeida“. Veja trecho:

Os militares da 8ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom) foram ao local por volta de 10h30 e constataram a denúncia. Durante a abordagem, os policiais encontraram R$ R$ 1.302,00 em espécie com Suame Ramos, e cerca de R$ 612 com outro suspeito, identificado como Francisco Dutra. Eles foram encaminhados para esclarecimentos.
Ações em Manaus
À CENARIUM, o delegado da PF Fábio Pessoa afirmou que nove pessoas foram levadas à sede da instituição em Manaus nas primeiras horas do pleito neste domingo, 27, para prestar esclarecimentos sobre o caso do vereador, incluindo outra ocorrência de compra de votos no bairro Novo Aleixo, Zona Norte da capital amazonense. Neste segundo caso, houve prisão em flagrante.
“Na área da Compensa foram conduzidas três pessoas que seriam a mando de um determinado vereador da cidade. Parece que não ratificaram essa voz de prisão, mas as pessoas serão ouvidas e gera um procedimento por portaria“, disse Fábio Pessoa.
Compra de votos
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a captação ilícita de sufrágio (ou compra de votos) ocorre quando a candidata ou o candidato doa, oferece, promete ou entrega para a eleitora ou o eleitor qualquer bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza – inclusive emprego ou função pública – com a finalidade de obter-lhe o voto.
Nos casos em que ficar demonstrada a capacidade da compra de votos comprometer a legitimidade e a normalidade das eleições, a prática poderá configurar corrupção. As sanções previstas são: multas de até R$ 53.205,00, cassação do registro de candidatura ou cassação do diploma.
A CENARIUM entrou em contato com o vereador Rosinaldo Bual para pedir posicionamento. Até o momento não houve retorno.