PF estima que garimpo no Rio Madeira causou prejuízo socioambiental de R$ 630 milhões


Por: Cenarium*

23 de setembro de 2025
PF estima que garimpo no Rio Madeira causou prejuízo socioambiental de R$ 630 milhões
Operação da Polícia Federal no Sul do Amazonas (Reprodução/Polícia Federal)

HUMAITÁ (AM) – A Polícia Federal (PF) estima que um conjunto de 277 balsas e dragas extraiu ouro ilegal no Rio Madeira, no Sul do Amazonas e no Norte de Rondônia, avaliado em R$ 245,5 milhões, levando em conta um período de sete meses de atividade.

Os impactos socioambientais foram calculados em R$ 630,9 milhões. Assim, os danos totais causados pelo garimpo na região de Humaitá (AM), em valores monetários, foram de R$ 876,4 milhões, conforme o cálculo.

Em uma operação feita de 8 a 19 de setembro no rio, a polícia destruiu as 277 balsas e dragas citadas no cálculo do dano ambiental. Foi a primeira ação iniciada e coordenada pelo Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia (CCPI Amazônia), inaugurada pelo presidente Lula (PT) em Manaus no dia 9.

A operação foi feita sem a participação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que tem a expertise para ações do tipo. Segundo a PF, a destruição de balsas e dragas ocorreu em atendimento a uma determinação da Justiça Federal no Amazonas.

A prática do garimpo ilegal no Madeira, por meio de dragas, envolve diferentes comunidades ribeirinhas na região de Humaitá, assim como proprietários de grandes estruturas que navegam pelo rio para a exploração de ouro.

A cada operação, há reação de parte da população em Humaitá, com protestos contra a ação do Estado. Em 2017, homens armados colocaram fogo na unidade do Ibama na cidade, em retaliação a uma ação contra o garimpo ilegal –o espaço permanece abandonado e inutilizado desde então.

No dia 15, policiais federais atearam fogo em nove dragas de grande porte ancoradas na frente da cidade, além de balsas de pequeno porte.

Foi a primeira vez que isso ocorreu nessa parte do rio, segundo relatos de moradores de Humaitá ligados ao garimpo. Uma tática usada pelos proprietários dessas estruturas era ancorar as dragas e balsas na parte urbana, usualmente evitada em operações de fiscalização em razão do risco de distúrbios.

Leia na íntegra neste link.

(*) Com informações da Folhapress

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