PF flagra vigilância clandestina em área que receberá COP30
Por: Fabyo Cruz
25 de agosto de 2025
BELÉM (PA) – A Polícia Federal (PF) autuou, na última sexta-feira, 22, uma empresa responsável pelas obras no Parque da Cidade, em Belém, onde será realizada a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), em novembro deste ano. O motivo foi a contratação irregular de dez vigilantes, cuja atuação clandestina foi encerrada após a fiscalização.
Segundo a PF, os trabalhadores foram contratados diretamente pela empresa de obras, em desacordo com o Estatuto da Segurança Privada, que proíbe a prestação de serviços sem o credenciamento formal de uma empresa autorizada.
O grupo atuava em pontos estratégicos da Zona Verde do Parque da Cidade, incluindo acessos ao espaço e áreas consideradas importantes para o andamento da obra, fazendo rondas e monitorando os canteiros.

Após a autuação, a empresa se comprometeu a contratar uma prestadora de serviços de segurança privada regularizada, como exige a legislação. A medida busca garantir que a vigilância seja feita dentro das normas legais, fator considerado essencial em um espaço que receberá chefes de Estado, delegações internacionais e milhares de visitantes durante a COP30.
Durante a ação, policiais federais também vistoriaram outros grupos de vigilantes que atuam em diferentes setores do Parque da Cidade, como a chamada Zona Azul. Nessas áreas, não foram encontradas irregularidades, o que, segundo a corporação, demonstra que parte das empresas contratadas para a obra segue as exigências legais.
A fiscalização integrou o Curso Prático de Treinamento promovido pela Polícia Federal durante toda a semana em Belém. A iniciativa reuniu policiais federais da capital e de quatro delegacias do interior do Estado, com o objetivo de reforçar a preparação para o evento internacional. O curso inclui a atualização teórica e prática sobre os procedimentos previstos na nova legislação de segurança privada, em vigor desde setembro de 2024.
A PF destacou que a realização de operações em áreas estratégicas da cidade faz parte de um esforço para elevar o nível de segurança de Belém, que receberá um dos maiores eventos climáticos do mundo. A presença de vigilância clandestina em áreas sensíveis, como a do Parque da Cidade, poderia representar riscos para a organização e para a proteção dos espaços destinados ao público e às delegações internacionais.
