PF mira advogados suspeitos de atuar como mensageiros de facção no Amazonas


Por: Cenarium*

06 de novembro de 2025
PF mira advogados suspeitos de atuar como mensageiros de facção no Amazonas
Advogado preso durante operação em Manaus, no Amazonas (Reprodução/Polícia Federal)

MANAUS (AM) – A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Amazonas (Ficco/AM), da Polícia Federal (PF), deflagrou, na manhã desta quinta-feira, 6, a “Operação Roque”, com o cumprimento de mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal do Amazonas.

A ação é um desdobramento da “Operação Xeque-Mate” e tem como objetivo desarticular o núcleo jurídico e operacional de uma facção criminosa com atuação no sistema prisional do Estado. Segundo a PF, o grupo é responsável por intermediar comunicações ilícitas entre lideranças internas e externas, além de facilitar a continuidade de ordens criminosas de caráter interestadual e transnacional.

Agentes durante cumprimento de mandados na Operação Roque (Reprodução/PF)

A operação foi acompanhada por representantes da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Amazonas (OAB-AM), para “assegurar o estrito cumprimento das garantias legais, o respeito aos direitos e prerrogativas individuais e a observância dos preceitos constitucionais que regem a atuação das autoridades no âmbito do Estado Democrático de Direito“.

Durante as investigações, apurou-se que profissionais com acesso privilegiado ao sistema prisional vinham replicando ordens, bilhetes e deliberações estratégicas de uma facção com atuação predominante na Região Norte, simulando atos de advocacia para ocultar comunicações ilícitas e repasses financeiros.

Mandados

Foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva e cinco mandados de busca e apreensão em endereços residenciais e profissionais dos investigados, localizados em Manaus, capital do Amazonas. A ação resultou na apreensão de equipamentos eletrônicos, mídias digitais, documentos e valores em espécie, que serão submetidos à análise pericial.

As investigações também revelaram que as prerrogativas profissionais estavam sendo utilizadas de forma indevida, com o objetivo de manter a hierarquia da organização criminosa dentro e fora do sistema prisional. Essa estrutura permitia a coordenação de represálias, pactos interestaduais e repasses de recursos ilícitos.

Foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva e cinco mandados de busca e apreensão (Reprodução/Redes Sociais)

A Ficco/AM é composta pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Secretaria de Estado de Segurança Pública, Polícia Civil do Amazonas, Polícia Militar do Amazonas, Secretaria Executiva-Adjunta de Inteligência, Secretaria de Administração Penitenciária e Secretaria Municipal de Segurança e Defesa Social. O grupo tem como objetivo promover a integração e a cooperação entre as forças de segurança em ações de prevenção e repressão ao crime organizado e à criminalidade violenta.

(*) Com informações da Polícia Federal

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