PF mira contrabando de migrantes cubanos em operação no Amapá


Por: Cenarium*

05 de novembro de 2025
PF mira contrabando de migrantes cubanos em operação no Amapá
As investigações começaram após a prisão em flagrante, em 2024, de um catraieiro - tripulante que conduz pequenas embarcações conhecidas como catraias (Reprodução/Redes Sociais)

MANAUS (AM) – A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quarta-feira, 5, a Operação Catraia, que mira uma organização criminosa suspeita de promover o contrabando de migrantes, principalmente de origem cubana, na fronteira entre o Brasil e a Guiana Francesa. A ação integra medidas de combate a crimes transnacionais e ocorre em áreas estratégicas de entrada e saída do território nacional.

Em nota, a PF informou que foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão nos municípios de Oiapoque, Santana e Macapá, capital do Amapá. As ordens judiciais foram expedidas com base em indícios de atuação de grupos envolvidos em rotas ilegais de transporte de pessoas pela região fronteiriça.

As investigações começaram após a prisão em flagrante, em 2024, de um catraieiro – tripulante que conduz pequenas embarcações conhecidas como catraias – durante uma operação que resultou na apreensão de mil munições importadas da Guiana Francesa. O homem foi preso por tráfico internacional de armas, e o caso levou à identificação de uma rede criminosa estruturada.

De acordo com a PF, o grupo era formado por catraieiros, intermediadores e picapeiros, responsáveis por facilitar a entrada irregular de estrangeiros no território brasileiro. A atuação concentrava-se nas localidades de São Jorge e Oiapoque, com o uso do Rio Oiapoque como principal rota para o transporte clandestino.

Os levantamentos apontam que migrantes cubanos utilizavam o serviço das embarcações para atravessar a fronteira, mediante pagamento em moeda estrangeira. As cobranças eram feitas em valores elevados, aproveitando-se da situação de vulnerabilidade econômica enfrentada pelos viajantes.

A PF informou que as diligências continuam para identificar todos os integrantes do grupo e mapear as rotas utilizadas no esquema. O material apreendido será analisado e poderá subsidiar novas etapas da investigação.

Leia mais: Operação da PF mira servidores fantasmas na Assembleia do Amapá
(*) Com informações da Polícia Federal

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