Polícia Federal prende hacker suspeito de vazar dados de 223 milhões de brasileiros
19 de março de 2021
As ordens judiciais foram expedidas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, a pedido da PF (Reprodução/PF)
Com informações do G1
MANAUS – A Polícia Federal (PF) prendeu em Uberlândia (MG), nesta sexta-feira, 19, o hacker suspeito do maior vazamento de dados do Brasil. De acordo com a investigação, Marcos Roberto Correia da Silva, conhecido como Vandathegod, é responsável pela divulgação de informações de 223 milhões de brasileiros.
A operação da PF, batizada de Deepwater, cumpre os seguintes mandados judiciais:
Petrolina (PE): 4 mandados de busca e apreensão
Uberlândia (MG): 1 mandado de busca e apreensão e 1 mandado de prisão preventiva
PF deflagra operação contra vazamento de dados de brasileiros (Reprodução/PF)
Os investigadores identificaram que, em 2021, dados sigilosos de pessoas físicas e jurídicas foram disponibilizados em um fórum na internet. A página é especializada em troca de informações sobre atividades cibernéticas. Nesse site, eram apresentadas informações de pessoas físicas e jurídicas, como CPF e CNPJ, nome completo e endereço.
De acordo com a PF, a divulgação de parte dos dados sigilosos foi feita gratuitamente por um usuário do fórum que, ao mesmo tempo, expôs a venda o restante das informações sigilosas, elas poderiam ser adquiridas com criptomoedas.
Após diligências, a Polícia Federal identificou o hacker suspeito de obter, divulgar e comercializar os dados, assim como outro hacker que estaria vendendo os dados por meio suas redes sociais.
Policiais federais apreendem equipamentos eletrônicos em operação contra divulgação de dados de brasileiros (Reprodução/PF)
Nesta sexta, os policiais apreenderam equipamentos eletrônicos, como dispositivos de armazenamento e um computador.
Invasão ao TSE
Marcos Roberto Correia da Silva, o hacker conhecido como Vandathegod, também foi alvo de um mandado de busca e apreensão na operação “Exploit”, que prendeu em novembro de 2019 o hacker suspeito de invadir sistemas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Ele é investigado por ter participado da invasão que expôs informações administrativas de ex-servidores e ex-ministros do TSE no primeiro turno das eleições municipais de 2020.
A Justiça Eleitoral também determinou a proibição de contato entre ele e outros hackers investigados na operação Exploit. Marcos Roberto Correia da Silva também é investigado pela Polícia Civil de Minas Gerais por invasão de dispositivo e estelionato.
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