Piloto de helicóptero da TV Record é baleado ao sobrevoar tiroteio no Rio


28 de maio de 2021
Emissora cobria intenso confronto na favela da Mangueira quando teve que fazer pouso forçado (Reprodução)
Emissora cobria intenso confronto na favela da Mangueira quando teve que fazer pouso forçado (Reprodução)

Com informações da Folhapress

RIO DE JANEIRO – O piloto de um helicóptero da TV Record foi baleado na manhã desta sexta-feira, 28, enquanto sobrevoava a comunidade da Mangueira, na zona Norte do Rio de Janeiro, onde ocorria um intenso tiroteio entre policiais e criminosos.

O condutor Darlan Silva de Santana, 31, foi atingido na perna e teve que fazer um pouso forçado no estádio Nilton Santos, o Engenhão, que fica a cerca de 9 km da favela. Ali, foi socorrido por equipes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, que diz ter sido acionado às 7h49.

Ele então foi levado ao Hospital Municipal Salgado Filho, a cerca de 5 minutos de carro do local. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o estado de saúde do paciente era estável até o início da tarde. A emissora não se manifestou sobre o ocorrido até o momento.

A PM afirmou que agentes da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da comunidade “realizavam policiamento pela rua Visconde de Niterói quando criminosos armados atiraram contra os policiais”. Houve confronto e outras equipes foram ao local em apoio.

Nas redes sociais, moradores e pessoas que passavam pela região relataram uma manhã de terror. “Tive que abandonar a pick-up no meio da [avenida] Marechal Rondon e me esconder por causa do tiroteio na Mangueira”, escreveu um.

Helicóptero da TV Record alvejado por tiro na manhã desta sexta ao sobrevoar Morro da Mangueira – Reprodução

“Acabei de passar no meio de um tiroteio na Mangueira. Bizarro mano, geral deitado no ônibus, cena de filme”, publicou outro. “[Vou] chegar atrasada no trabalho hoje porque o tiro tava comendo na Mangueira e não dava pra sair de casa”, postou uma moradora.

Associações de imprensa divulgaram nota de repúdio ao episódio, dizendo que “consideram de extrema gravidade o atentado contra um helicóptero da Record TV”. O comunicado é assinado pela Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão), pela Aner (Associação Nacional de Editores de Revistas) e pela ANJ (Associação Nacional de Jornais).

“É inaceitável que a imprensa esteja submetida a este nível de violência. Abert, Aner e ANJ seguirão empenhadas em coibir toda e qualquer represália ao trabalho jornalístico e pedem providências imediatas às autoridades locais para o esclarecimento do caso e rigorosa apuração dos fatos”, afirmam.

A Polícia Civil fluminense informou que a ocorrência foi registrada na 17ª delegacia (São Cristóvão), “que já requisitou a perícia na aeronave a fim de identificar o tipo de armamento que a atingiu e de onde partiram os disparos que também feriram o piloto”.

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