PL do Pará participa de ato no qual Bolsonaro descumpriu ordem do Supremo


Por: Fabyo Cruz

22 de julho de 2025
PL do Pará participa de ato no qual Bolsonaro descumpriu ordem do Supremo
O encontro ocorreu na Câmara dos Deputados, em Brasília (Composição: Élio Almeida)

BELÉM (PA) – Deputados federais do Partido Liberal (PL) do Pará participaram, nessa segunda-feira, 21, de uma reunião da bancada em Brasília (DF) em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro – evento que acabou marcado pelo descumprimento de uma das medidas cautelares impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O encontro ocorreu na Câmara dos Deputados, três dias após o ministro Alexandre de Moraes proibir Bolsonaro de utilizar redes sociais ou se manifestar por meio de terceiros.

Entre os parlamentares do Pará presentes estavam os deputados federais Delegado Éder Mauro e Delegado Caveira. O deputado Joaquim Passarinho acompanhou o encontro de forma remota, segundo informou à CENARIUM. Também esteve em Brasília o deputado estadual Rogério Barra, filho de Éder Mauro e representante do PL na Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), embora a convocação da legenda tenha sido direcionada aos parlamentares federais.

Rogério Barra viajou ao lado de Jair Renan Bolsonaro rumo ao encontro do PL (Reprodução/Redes sociais)

A reunião foi convocada pelo líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), para discutir os próximos passos da legenda após as medidas impostas a Bolsonaro, que incluem uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno e integral nos fins de semana, além de proibição de contato com autoridades estrangeiras e circulação em sedes diplomáticas.

Apesar dessas restrições, Bolsonaro participou de um ato com seus aliados na Câmara, incluindo parlamentares do Pará. Imagens e vídeos da reunião foram compartilhados nas redes sociais, contrariando expressamente a decisão do ministro Moraes, que havia reforçado, horas antes, que a proibição se estendia também a publicações feitas por terceiros.

A divulgação do ato gerou novo alerta do STF. Moraes afirmou que, caso a defesa de Bolsonaro não justifique adequadamente a conduta, poderá decretar sua prisão imediata. Na decisão, o ministro cita registros em que o ex-presidente aparece exibindo a tornozeleira eletrônica e discursando ao lado de apoiadores, o que, segundo ele, representa violação das medidas judiciais em vigor.

Em razão das imposições do Supremo, os deputados do PL do Pará optaram por não se manifestar de forma explícita nas redes sociais sobre o encontro com Bolsonaro. Internamente, porém, têm discutido intensamente os efeitos das decisões judiciais e estudado alternativas de atuação e comunicação para os próximos dias, diante das limitações impostas pelo STF.

Uma fonte do PL no Pará disse à CENARIUM que as restrições impactaram diretamente os planos de mobilização nacional da legenda, prevista para o dia 3 de agosto. No caso do Pará, uma agenda paralela com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro em Marabá, no dia 2, pode inviabilizar a realização do ato no Estado. Segundo a mesma fonte, o partido ainda avalia estratégias alternativas e não há, até o momento, definições públicas sobre a mobilização no território paraense.

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Editado por Jadson Lima

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