Plano para enfrentar possível 3ª onda da Covid-19 aposta na integração da vigilância sanitária com a atenção básica

A apresentação foi feita em audiência pública da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa (ALE-AM) (Reprodução: Getty Images)

Com informações da assessoria

MANAUS – A Secretaria de Estado de Saúde revelou nesta quarta-feira, 7, os principais eixos de atuação do plano de contingência, para o enfrentamento de uma possível terceira onda da Covid-19 no Amazonas. A apresentação foi feita em audiência pública da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa (Aleam), abordando pontos como quantidade de leitos, oferta de oxigênio medicinal, mas sobretudo uma maior integração da atenção básica à vigilância sanitária.

O secretário de Saúde do Estado, Marcellus Campelo, falou da importância do fortalecimento do atendimento precoce do paciente como grande diferencial do plano de contingência, o que inclui testagem da população. “Com um atendimento mais precoce, evitamos que os pacientes agravem e necessitem de internação. Dessa forma também reduziremos a mortalidade”, afirma.

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O subsecretário municipal de Gestão da Saúde, da Prefeitura de Manaus, Djalma Pinheiro, falou dos esforços do Executivo municipal para ampliar esse atendimento inicial nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), mas lembrou que a falta de RH (profissionais de saúde) é uma das maiores dificuldades.

“Estamos enfrentando a pandemia, mas também estamos nos preparando para uma possível epidemia de dengue, temos agora a vacinação contra o H1N1, e tudo isso ao mesmo tempo”, diz.

O deputado estadual Ricardo Nicolau destacou a menor letalidade no interior do Estado, e que ela estaria relacionada justamente à melhor cobertura da atenção básica dos municípios. Segundo ele, a relação do poder público com a população é mais próxima e isso leva a um atendimento mais rápido dos pacientes, evitando que o quadro clínico seja gravado e necessite de internação.

O secretário de Saúde do Estado afirmou que o plano estava sendo apresentado pela primeira vez e que não era um documento fechado. “Estamos abertos a sugestões, para melhorar esse plano. O plano não é da Secretaria, não é do governo. O plano precisa ser de todos”, destaca.

Na apresentação, a SES apresentou o aumento da quantidade de leitos clínicos e de UTI, a taxa de ocupação, a maior oferta de oxigênio medicinal, incluindo a instalação de miniusinas em unidades de saúde de Manaus e no interior do Estado. A empresa White Martins, segundo apresentação da SES, inaugurou uma nova planta de produção, ampliando a capacidade diária para 36 mil metros cúbicos do insumo.

A audiência pública continuará na próxima semana, quando as secretarias de Estado de Manaus, como defendeu a deputada Mayara Pinheiro, presidente da Comissão de Saúde da Assembleia, devem apresentar propostas de trabalho conjunto, sobretudo para minimizar os impactos de um possível novo pico da doença no Estado.

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