PM de Roraima acusado de duplo homicídio retorna ao quadro de oficiais
Por: Ian Vitor Freitas
28 de dezembro de 2024
O capitão da Polícia Militar de Roraima (PM-RR) Helton Jhon da Silva de Souza, acusado da morte de um casal (Composição de Paulo Dutra/Cenarium)
BOA VISTA (RR) – O capitão da Polícia Militar de Roraima (PM-RR) Helton Jhon da Silva de Souza, acusado de duplo homicídio, foi reintegrado ao quadro de oficiais, mediante decreto assinado pelo governador de Roraima, Antonio Denarium. O militar é réu no caso que investiga a morte do casal Jânio Bonfim de Souza e Flávia Guilarducci de Souza.
A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE), no dia 19 de dezembro. Helton além de capitão da PM-RR, era também segurança de Denarium. Conforme o documento, o acusado voltou a “ocupar vaga na escala hierárquica de seu Quadro” por ter “cessado o motivo de sua agregação”, a partir do alvará de soltura do dia 22 de outubro deste ano.
Decreto assinado pelo governador do Estado de Roraima (Reprodução/Diário Oficial do Estado-RR)
Crime ocorreu em abril
As investigações do caso iniciaram após uma disputa de terras, em abril de 2024, na Vicinal do Surrão, localizada no município do Cantá, interior de Roraima. Helton é investigado pela morte do casal de produtores rurais. Ele foi preso em 10 de maio por ajudar no crime.
As vítimas tiveram suas casas invadidas e contra eles realizaram disparos de arma de fogo, atingindo a cabeça de Flávia e o abdômen de Jânio. Ele morreu um dia após o atentado, em 24 de abril. Já a esposa ficou internada em estado grave no Hospital Geral de Roraima (HGR) e também veio a óbito cinco dias depois, em 28 daquele mês.
Casal assassinado após ter casa invadida por homens; capitão acusado pelo crime estava no local (Reprodução/Arquivo pessoal)
No dia do crime, o casal conseguiu gravar um áudio, no momento da discussão entre os investigados e as vítimas, assim como os disparos. Em depoimento para a justiça, Helton ainda assumiu que o celular que toca na gravação era seu e citou o governador, Antonio Denarium no caso.
Após ter o nome mencionado nas investigações, o Ministério Público de Roraima (MP-RR), apontou possível obstrução à Justiça e pediu que os autos do processo fossem encaminhados à Procuradoria-Geral da República (PGR), uma vez que o governador tem foro especial por prerrogativa de função.
Quem também foi citado durante o depoimento foi o coronel Miramilton Goiano de Souza, comandante-geral da PM-RR, assim como a delegada-geral da Polícia Civil de Roraima (PC-RR), Darlinda de Moura Viana.
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