PM e outros dois suspeitos de participação em estupro coletivo em GO têm pedido de liberdade negado pela Justiça

Vítima prestará novo depoimento à polícia para 'esclarecer os detalhes', disse delegada responsável pela investigação. (Divulgação)

Com informações do Infoglobo

RIO — O subtenente da Polícia Militar do Distrito Federal Irineu Marques Dias, de 44 anos, e outros dois suspeitos de participação num estupro coletivo de uma mulher, durante uma festa em Águas Lindas de Goiás (GO), tiveram o pedido de liberdade, sem fiança, negado pela Justiça de Goiás, nesta quarta-feira. A decisão de manter os três presos foi do juiz Leonardo Lopes dos Santos Bordini.

Também nesta quarta-feira a delegada Tamires Teixeira, da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), responsável pela investigação, afirmou que a vítima, de 25 anos, será novamente ouvida. De acordo com Tamires, o objetivo do novo depoimento será “esclarecer os detalhes” do que ocorreu no dia da festa onde, segundo a vítima, ela foi abusada.

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Vou ouvir a vítima novamente para esclarecer os detalhes. Havia várias mulheres na festa. A vítima não soube identificar quem as levou. Por isso quero ouvi-la novamente”, disse Tamires.

Medo de morrer

Além de Dias, estão presos preventivamente Thiago de Castro Muniz, de 36 anos, e Daniel Marques Dias, de 37, irmão do subtenente e dono da casa onde ocorreu a festa. De acordo com o relato da vítima, ela foi rendida por um grupo de homens por volta das 3h de sábado. A mulher contou que procurava um lugar para dormir pois queria descansar e aproveitar a piscina da residência no dia seguinte. Duas mulheres teriam indicado um quarto onde a vítima poderia deitar.

De acordo com a vítima, logo após ter se acomodado, Dias invadiu o quarto, sacou uma arma da cintura, fez ameaças e arrancou suas roupas. Ela afirmou que sequer teve tempo de esboçar qualquer reação, pois ficou com medo de morrer.

A arma estava do meu lado e eu só tive que fingir o tempo inteiro, com os meus olhos cheios de lágrimas. Foi aterrorizante”, afirmou a mulher, em entrevista ao “Correio Braziliense”.

Ela contou que, depois de o policial sair do quarto, outros dois homens entraram e também a estupraram:

“Chegavam a ficar três por cima de mim. Um no meu rosto e os outros em outras partes do meu corpo. Eu não conseguia falar. Eu estava simplesmente sufocada e com uma arma próxima a mim”.

Em seguida, ainda segundo a vítima, mais três homens entraram no quarto e abusaram da jovem. Quando o trio deixou o quarto, o subtenente ainda retornou ao local e estuprou a vítima mais uma vez, contou a mulher.

A mulher disse que só conseguiu sair do quarto por volta das 7h de sábado. A vítima relatou ainda ter tido contato com outras duas mulheres que estavam na casa, mas elas não ofereceram ajuda.

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