PM suspeito de estuprar detenta algemada é preso em Manaus
Por: Jadson Lima
29 de julho de 2025
MANAUS (AM) – Um agente da reserva da Polícia Militar do Amazonas (PM-AM) foi preso preventivamente nesta terça-feira, 29, por suspeita de estuprar uma detenta do sistema prisional do Estado que estava sendo transferida de Humaitá (AM) para Manaus. Além da prisão, a Polícia Civil do Amazonas cumpriu mandado de busca e apreensão na residência do investigado, localizada no bairro da Cidade Nova, na Zona Norte da capital amazonense. O militar não teve a identidade revelada.
De acordo com a vítima, uma mulher de 35 anos, o abuso sexual ocorreu no dia 18 de julho enquanto ela estava com as mãos e os pés algemados. A informação foi confirmada, por meio de nota à imprensa, pela Defensoria Pública do Amazonas (DPE-AM) e pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap). Segundo a Seap,a denúncia foi feita no momento da chegada da vítima no CDF, no mesmo dia do crime, após ela passar pelos procedimentos de triagem padrão que incluem avaliação médica e atendimento psicossocial.
Um Boletim de Ocorrência (BO) foi registrado e a PC-AM abriu inquérito para investigar o caso no dia 21 de julho. De acordo com a pasta, os servidores envolvidos na ocorrência foram afastados imediatamente e, em seguida, exonerados das funções que exerciam na secretaria. “A Corregedoria-geral de Justiça do Sistema de Segurança Pública do Amazonas abriu sindicância administrativa para apurar os fatos e eventuais responsabilidades”, diz trecho de uma nota encaminhada à imprensa na tarde desta terça-feira, 29.
O laudo pericial confirmou a conjunção carnal e o agente penitenciário responsável pela escolta da vítima confessou a autoria do crime. De acordo com a secretaria, a profissional responsável pelo atendimento comunicou o caso à direção da unidade, que acionou a DPE-AM. O caso foi registrado na PC-AM.
Prisão
A detenta foi autuada em flagrante no dia 24 de abril deste ano por suspeita de furto qualificado. Após audiência de custódia, a detenta teve a prisão em flagrante convertida para preventiva e encaminhada para a DIP de Humaitá. Em seguida, foi solicitada a transferência da suspeita para Manaus pois, no município, não há estrutura adequada para abrigar detentas mulheres.
Na nota, a Seap fala em mais de um envolvido no crime, sem identificar ou afirmar a função dos suspeitos. Segundo a secretaria, os “servidores envolvidos na ocorrência” foram afastados e exonerados das funções.