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‘Podemos sim ter um ano difícil de queimadas’, diz especialista sobre incêndios durante verão amazônico
Números das queimadas na Amazônia superam os do ano passado, que já eram considerados ruins pelos pesquisadores (GreenPeace)
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23 de junho de 2021
Gisele Coutinho – Da Revista Cenarium
MANAUS – Com a proximidade do verão amazônico, que tem início no mês de julho e vai até o final de outubro, especialistas entrevistados nesta quarta-feira, 23, afirmam que o período será de grandes proporções de queimadas. “Se o desmatamento seguir em alta e batendo recordes mensais, comparados aos mesmos meses em anos anteriores, podemos sim ter um ano difícil de queimadas, se ações efetivas de prevenção e controle não forem executadas desde já”, diz Carlos Durigan.
O ambientalista também faz ponderações sobre a tendência de mudança de clima global. “É no período de secas do verão amazônico que aumentam expressivamente as queimadas e nos últimos anos temos experimentado extremos climáticos com maior frequência devido à mudança global do clima”, ressaltou Durigan.
Verão amazônico
Para o meteorologista Renato Cruz Senna, nesta época do ano, a Amazônia passa para uma intensa transição de estações, saindo dos dias chuvosos para os secos, conhecido popularmente como “verão amazônico”. “Temos um grande número de incidência de radiação solar, então as chuvas ocorrem em forma de ‘pancada’, em um curto tempo. A perspectiva é que as chuvas nos próximos meses ocorram com menos frequência e as temperaturas elevadas permaneçam com grandes insolações. Este ano pode ser um pouco mais seco, principalmente em Manaus e em direção ao sul do Estado, assim como em Rondônia e no Acre”, finaliza.
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Recorde de queimadas em 2020
Em 2020, o Brasil fechou o ano com o maior número de queimadas desde 2010, segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Ao todo, foram 222.797 focos de incêndio, 12% a mais que os 197.632 registrados em 2019. Um dos biomas com o maior número de focos de incêndios foi a Amazônia. De janeiro a dezembro, o total de 103.134 pontos foi registrado, 15% a mais que em 2019. O recorde anterior foi em 2017, onde foram registrados 107.439.
Os Estados com os maiores números de incêndios durante o “verão amazônico” foram o Mato Grosso – totalizando 38.426 mil focos de incêndio e o Pará, com 32.482 mil ocorrências de fogos. Conforme dados divulgados pelo Inpe, nesses meses foram registrados os picos de queimadas na região amazônica.
Lista de focos ativos no Estados da Amazônia legal (2020):
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