Polícia Federal abre inquérito para apurar ameaças de morte a membros da Anvisa

Sede da Anvisa, em Brasília (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Com informações do Infoglobo

BRASÍLIA — A Polícia Federal do Distrito Federal abriu investigação para apurar novas ameaças de morte que diretores e servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) receberam diante da aprovação de vacina contra a Covid-19 para crianças. Segundo a PF, as diligências já se iniciaram.

Conforme apurou O Globo, o número de ataques virtuais por e-mail chega a cerca de 20. Só nesta segunda-feira, 20, a diretoria responsável pela análise de imunizantes para o público infantil recebeu oito e-mails em tom intimidatório.

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Não é a primeira vez que a Anvisa é alvo de ataques virtuais. Foram três entre o fim de outubro, quando a Pfizer anunciou que entraria com pedido, e o início de novembro. As mensagens eram endereçadas a diretores, funcionários, terceirizados e instalações da autarquia.

Dessa vez, as ameaças — que haviam cessado após a PF abrir o primeiro inquérito — recomeçaram nas redes sociais, como o Twitter. Os ataques se intensificaram após a divulgação de e-mails e telefones dos diretores.

Ampliação

A Anvisa ampliou a vacinação contra a Covid-19 com Pfizer para o público de 5 a 11 anos na última quinta-feira, 16. A decisão, por sua vez, levou ao recrudescimento das ameaças, catapultado pelo movimento antivacina. Apesar da aprovação, o Ministério da Saúde não reservou doses para a faixa etária.

Porém, o contrato já assinado com a farmacêutica prevê a possibilidade de que parte das vacinas sejam substituídas por imunizantes desenvolvidos contra variantes, caso haja, ou por doses pediátricas. Não é possível utilizar os imunizantes da Pfizer já disponíveis no Brasil, já que a dose infantil corresponde a um terço dela.

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