Polícia Federal cumpre mais de 100 mandados contra facção que atuava em RO e SP
21 de setembro de 2022

Iury Lima – Da Revista Cenarium
VILHENA (RO) – Com objetivo de desarticular uma facção criminosa “com forte atuação em Rondônia”, focada no tráfico interestadual de drogas, a Polícia Federal (PF) se uniu à Polícia Civil (PC) do Estado, na chamada ‘Operação Conúbio’. Os agentes cumpriram um total de 104 ordens judiciais, nessa terça-feira, 20, divididas em 50 mandados de prisão preventiva e 54 mandados de busca e apreensão.
As investigações miram em seis municípios rondonienses: Porto Velho, Ariquemes, Cacoal, Espigão d’Oeste e Vilhena, além de cidades do Estado de São Paulo.

Resultado das investigações
Segundo a PF, as investigações apontaram que organização criminosa tinha influência em todo o País e que havia “uma clara divisão de tarefas”.
A polícia também esclareceu que o inquérito começou em 2021, após outra operação realizada naquela mesma época, quando os agentes apuravam uma tentativa de homicídio contra “um suposto policial penal federal, orquestrada pela facção”, em Porto Velho.
“A partir do monitoramento, foi possível identificar que os integrantes do grupo criminoso se reuniam, de forma constante, em conferências coordenadas pelos líderes sediados no Estado de São Paulo, os quais controlavam a atuação da facção no Norte do País. A equipe de investigação acompanhou de perto toda ação da organização criminosa nesse período de mais de um ano”, revelou a PF.
Segundo a polícia, alguns integrantes do grupo mantinham a prática mesmo presos, participando das atividades ilícitas, ainda que reclusos em unidades prisionais. “Um dos integrantes utilizava como manobra a profissão de advogado para realizar a comunicação das ordens emanadas de dentro dos presídios para fora dos muros”, informou a Polícia Federal.

Condenações
Os indiciados vão responder pelos crimes de organização criminosa armada, tráfico interestadual de drogas, além de práticas ilícitas previstas pelo Estatuto do Desarmamento. Com as prisões efetuadas, os acusados ficarão presos nas cadeias públicas dos municípios onde eles foram detidos.