Polícia Federal faz operação contra garimpo ilegal que turvou água do Caribe da Amazônia

A operação, batizada de Caribe Brasileiro, começou na segunda-feira, 14 (Foto: Divulgação / Erik Jennings)

Com informações da Folha do S.Paulo

PARÁ — A Polícia Federal (PF) realiza uma operação conjunta com outros órgãos de fiscalização para combater o garimpo ilegal de ouro em áreas dos rios Crepori e Tapajós, nas proximidades da terra indígena Munduruku, nos municípios de Itaituba e Jacareacanga, no Pará.

A operação, batizada de Caribe Brasileiro, começou na segunda-feira, 14, e mira pontos de garimpo cujo aumento da atividade causou, em janeiro, a mudança de cor da água do Rio Tapajós em Alter do Chão, região conhecida pelas águas cristalinas.

O Crepori é um afluente do Tapajós, e imagens de satélite mostraram como os sedimentos produzidos pelo aumento da atividade garimpeira foram carregados e turvaram as águas cristalinas da região de Alter do Chão.

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O objetivo da operação, diz a PF, é desativar os garimpos e destruir maquinário como balsas e dragas utilizadas pelas empresas na mira da PF e dos fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

São alvos dos investigadores pontos de garimpo espalhados por cinco regiões às margens do Crepori, do Tapajós e de igarapés, todos dentro da Área de Proteção Ambiental do Tapajós, próximos à terra indígena Munduruku.

As empresas e garimpeiros que atuam na região, segundo dados do Ibama, não têm autorização federal para o garimpo, e alguns deles possuem apenas registros emitidos pelos municípios de Itaituba e Jacareacanga e licença da Secretaria de Meio Ambiente do Pará.

Como se trata de uma Unidade de Conservação Federal, a atuação das empresas sem a autorização do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) é considerada como ilegal.

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