Polícia prende homem que andava com corpo do pai em cadeiras de rodas em Manaus
Por: Ana Pastana
07 de junho de 2025
MANAUS (AM) – Um homem, que não teve a identidade divulgada, foi preso no início da tarde deste sábado, 7, na Avenida Eduardo Ribeiro, Zona Sul de Manaus, após ser constatado que ele estava andando com o corpo do pai, identificado como José Pequenino da Costa, em uma cadeira de rodas. De acordo com informações da perícia, que esteve no local para realizar a remoção do idoso, a vítima estava morta há mais de três horas.

A suspeita é que o idoso não tenha morrido no local. Segundo policiais da 24ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom), após a população perceber que o homem estava morto, a viatura foi acionada e o filho de José Pequenino da Costa foi detido.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e constatou a morte do idoso. Em seguida, a perícia foi chamada ao local para realizar a remoção do corpo. Segundo o médico legista, a suspeita é que o homem tenha morrido em outro local. Considerando o estado do corpo, que já estava enrijecido, os peritos afirmam que o homem já estava morto há mais de três horas.
Em imagens feitas por populares que passavam pelo local, o corpo do idoso aparece enrolado em papel-alumínio, envolto por uma fita de isolamento, inclinado para frente. Policiais faziam a guarda do corpo enquanto a perícia não chegava ao local.

Em outro vídeo divulgado, o corpo do idoso aparece sendo removido pelo Instituto Médico Legal (IML), enquanto policiais da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) conversam com o homem, ainda não identificado, filho da vítima, que vestia uma blusa e bermuda nas cores vermelha e preta.

O homem foi encaminhado à DEHS para prestar esclarecimentos. A CENARIUM entrou em contato com a Polícia Civil solicitando informações sobre o que se sabe acerca do caso e aguarda o retorno.
De acordo com a advogada Denise Coelho, o suspeito pode responder pelo crime de vilipêndio a cadáver, previsto no Art. 212 do Código Penal. “Pela situação, eu vejo a tipificação do vilipêndio de cadáver, com pena de detenção de 1 a 3 anos e multa”, esclareceu.