Jennifer Silva – Da Revista Cenarium
MANAUS – O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Amazonas (SJP-AM) pediu nessa segunda-feira, 18, por meio de um ofício enviado à Prefeitura de Manaus e ao Governo do Estado, que os profissionais da área da comunicação sejam prioridades na vacinação contra o novo coronavírus.
O sindicato argumenta que os jornalistas estão na linha de frente informando a população sobre a situação de crise no sistema público e privado de Saúde na cidade de Manaus e no Amazonas, provocada pela Covid-19.
“Para que essa missão seja efetivada, os jornalistas colocam suas vidas em risco nas equipes de reportagens de rua, em locais de aglomerações, ficando expostos ao vírus. Portanto, diante da grave situação, com casos inclusive de mortes de profissionais, o Sindicato solicitou à Prefeitura e ao Governo que a categoria seja incluída na lista de prioridades”, explicou o presidente, jornalista Wilson Reis.
A REVISTA CENARIUM conversou com alguns profissionais da classe sobre a solicitação do SJP-AM e as opiniões misturam sentimentos de preocupação com a própria saúde e a solidariedade ao próximo. A jornalista Daniela Branches, que atua na área há mais de dez anos, reconhece a importância da imunização dos profissionais da área da comunicação, mas, entende que existem pessoas que precisam com mais urgência da vacina.
“Hoje existem muitas pessoas com mais urgência para vacina. Nós, profissionais de comunicação, estamos nas ruas por uma missão, não me vejo em outro lugar que não seja acompanhando esse momento dramático e histórico para informar as pessoas. É uma escolha do profissional passar por esse risco, estar na linha de frente, é importante recebermos a vacina, mas temos que pensar que têm pessoas que precisam ainda mais de uma dose vida”, explicou Daniela.
Ao seguir a mesma linha de pensamento de Daniela, a coordenadora de redação da CENARIUM, jornalista Juliana Mattos, afirma que a exposição ao risco faz parte da rotina do jornalista. “Precisamos da vacina tanto quanto todas as pessoas. É importante essa preocupação com a nossa classe, mas precisamos considerar essa quantidade de segregação de grupos prioritários para não reduzir ainda mais o número de vacinas para quem está em situação de mais urgência nesse momento tão crítico da pandemia.”
Atuante na área há 40 anos, o jornalista Humberto Amorim, afirmou apoiar a decisão do presidente do Sindicato, e disse que espera que o pedido seja acatado o mais rápido possível.
“Eu concordo plenamente e estendo o meu apoio irrestrito nesta ação que visa dar aos profissionais da imprensa a proteção que eles merecem. Nós estamos todos os dias à frente colhendo as informações que estão acontecendo, não importando os ambientes que nós estejamos […] Concordo sim, e acho que isso deve ser prioritário para cada um deles, e acho que isso deve ser uma medida que deve ser imediatamente concretizada”, disse Amorim.
Fake news
“Somado à crise na Saúde Pública, provocada pela Covid-19, o país vive outra situação: a disseminação de informações falsas, veiculadas nas mídias sociais por pessoas que pregam a desinformação e com interesses escusos, contribuindo para o agravamento do quadro da crise sanitária no Brasil. Diante deste contexto, entendemos que a atividade jornalística, ao ser reconhecida como essencial à sociedade pelo Decreto Federal 10.288, de 22 de março de 2020, desempenha ação importante nesta pandemia”, disse o presidente do SJP/AM.
Wilson Reis avalia que a informação correta, assim como a precisa atuação dos profissionais da Saúde, está ajudando todos os dias a salvar vidas de brasileiros (as).
Casa Civil
O Governo do AM por meio da Casa Civil informou ao SJP/AM, ainda nesta segunda, 18, que recebeu o documento e encaminhou à gerência de protocolo, para conhecimento e as devidas providências. O Sindicato aguarda retorno da Prefeitura de Manaus.
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