Por temer contaminação de Covid-19 nas escolas, professores do AM fazem indicativo de greve geral

A categoria tem receio de contaminação pela Covid-19. (Reprodução/Internet)

Mencius Melo – da Revista Cenarium

MANAUS – Ao alegar ausência de diálogo entre gestão educacional e os profissionais sobre a volta às aulas em meio à pandemia de Covid-19, o Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus (ASPROM/Sindical) aprovou neste fim de semana um indicativo de greve geral.

Os representantes dos discentes da Secretária de Educação e Desporto do Amazonas (Seduc-AM) e da Secretaria Municipal de Educação (Semed) alegam que caso o executivo Estadual e Municipal decretem o retorno das aulas presenciais sem discutir com a categoria, a categoria deve agir mais incisivamente.

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Segundo o diretor financeiro do sindicato, Lambert Melo, a ofensiva tem como objetivo, a inclusão dos representantes da classe (o sindicato), nas discussões para a retomada do calendário do ano em letivo em curso, afetado duramente pela pandemia.

“Ainda não é uma greve e sim um anúncio oficial de que estamos nos preparando para uma possível greve de professores e pedagogos da rede estadual e municipal de ensino, caso as secretarias de educação não dialoguem com o sindicato”.

A busca por um entendimento coletivo sobre os cuidados a fim de evitar a contaminação pelo novo Coronavírus, está na pauta dos profissionais. “O objetivo é fazer o planejamento em conjunto de um possível retorno às aulas presenciais nas escolas públicas”, resumiu o líder sindical.

Recusa

Ainda segundo o diretor do sindicato, não há sinais de que as secretarias queiram dialogar. E com a decisão classista, o sindicato afirma que espera uma postura das secretarias.

“Estão agindo de forma autoritária e unilateral nas decisões a respeito do retorno das aulas presenciais nas escolas. Com esse anúncio, aguardamos que tanto a Semed quanto a Seduc, se sensibilizem e possam chamar o sindicato para sentar à mesa para que possamos participar desse planejamento e apresentar as nossas reivindicações”, avaliou.

O que dizem as secretarias?

Procurada pela reportagem da REVISTA CENARIUM, a Secretaria Estadual de Educação (Seduc), por meio de assessoria, respondeu que não se pronunciará ainda sobre o indicativo de greve.

A reportagem também procurou ouvir a posição da Secretaria Municipal de Educação (Semed), mas até a publicação desta matéria aguarda retorno.

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