Preço da gasolina chega a R$ 7,28 em Porto Velho com seca do Rio Madeira


Por: Camila Pinheiro

18 de outubro de 2024
Preço da gasolina chega a R$ 7,28 em Porto Velho com seca do Rio Madeira
Rio Madeira atingiu o menor nível histórico (Divulgação)

PORTO VELHO (RO) – A seca histórica do Rio Madeira continua a impactar a população atingida com o aumento do preço dos combustíveis em Porto Velho (RO). Nessa quinta-feira, 17, consumidores na capital de Rondônia relataram um aumento significativo nos valores exibidos em alguns postos de combustíveis da capital, onde o preço da gasolina chegou a R$ 7,28 o litro.

Dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) apontam que, no período de 6 a 12 de outubro, o preço médio da gasolina em Rondônia foi de R$ 6,88, colocando o Estado entre os mais caros do Brasil. O Acre lidera o ranking, com média de R$ 7,17, seguido por Rondônia, Amazonas (R$ 6,88) e Bahia (R$ 6,26).

À CENARIUM, o secretário executivo do Sindicato dos Revendedores Varejistas de Combustíveis (Sindipetro), Carlos Eduardo Valente, afirmou que uma das principais razões para o aumento é o baixo nível do Rio Madeira. De acordo com ele, a estiagem severa que atinge a região dificulta a chegada de combustível na cidade por meio de embarcações e o abastecimento está sendo realizado por via terrestre.

Representante de sindicato de combustíveis (Reprodução)

“O aumento do combustível em Porto Velho é causado pela seca do rio Madeira, que impede a chegada das balsas à cidade. Como resultado, o combustível está sendo transportado de São Paulo via (transporte) rodoviário, o que é muito menos eficiente”, disse.

O representante da Sindipetro também explicou que o transporte fluvial é mais econômico, porque as embarcações conseguem transportar carga em maior quantidade. Para Valente, com a estiagem são necessárias várias carretas para carregar o produto.

Enquanto as balsas costumavam trazer entre um milhão e quatro milhões de litros de combustível, uma carreta transporta apenas 60 mil litros. Isso significa que são necessárias muitas carretas para abastecer o mercado, e o custo do frete é elevado”, frisou.

Já o gerente de Meteorologia da Sala de Situação de Rondônia, Fábio Adriano Saraiva, falou sobre o motivo do rio ainda permanecer com baixos níveis. O especialista destacou que o nível do rio é influenciado por fenômenos naturais que ocorrem em outros países.

Meteorologista explica processo de subida e descida do Rio Madeira (Reprodução)

“A relação entre o nível do rio Madeira e as chuvas em Rondônia é influenciada não apenas pelas chuvas que ocorrem na região de Rondônia, mas também pela quantidade de chuva que cai em toda a bacia do rio, que inclui partes da Bolívia e do Peru. As chuvas precisam abastecer o solo, e esse solo deve atingir um nível que permita a hipercolação, o que, por sua vez, mantém o rio na média de seu nível”, disse.

Leia mais: Órgãos pedem medidas emergenciais contra seca no Rio Madeira
Editado por Jadson Lima

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