‘Preço de uma vida’: Carrefour anuncia fundo de R$ 25 milhões para combate ao racismo
Empresa anunciou medidas após o espancamento e morte de João Alberto Silveira Freitas, homem negro, de 40 anos, em supermercado de Porto Alegre (Diego Vara/ Reuters)
Com informações do G1
O Carrefour Brasil anunciou nesta terça-feira, 24, a criação de um fundo de R$ 25 milhões para promover a inclusão racial e combate ao racismo. A medida foi adotada após o espancamento e morte de João Alberto Silveira Freitas, homem negro de 40 anos, em um supermercado de Porto Alegre na última quinta-feira, 19.
A empresa não detalha que ações serão patrocinadas por esse aporte inicial, mas afirma que está “trabalhando em um conjunto adicional de ações e iniciativas em prol da cultura do respeito e da diversidade, que serão oportunamente anunciadas para a sociedade e o mercado em geral”.
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Em nota, o Carrefour elenca ainda as demais medidas tomadas após o assassinato de João Alberto. Entre elas, estão o reforço de treinamento das lideranças e equipes quanto à questão racial e a rescisão de contrato com a empresa terceirizada de segurança Vector, empregadora de Magno Braz Borges e Giovane Gaspar da Silva, presos em flagrante pelo crime.
Além disso, o Carrefour afirma que destinará todo o lucro da rede no dia 20 de novembro para projetos de combate ao racismo no país, mas ainda não revela detalhes das instituições escolhidas.
“O Grupo Carrefour Brasil continuará acompanhando os desdobramentos do caso e oferecendo todo suporte para as autoridades locais, e reforça seu compromisso de transparência na divulgação de informações a seus acionistas, investidores e ao mercado em geral”, diz o texto.
Carrefour perde mais de R$ 2 bilhões
As ações do Carrefour Brasil fecharam na segunda-feira em queda de 5,3%, a R$ 19,30, com o pior desempenho entre os papéis do Ibovespa, equivalente a uma perda em valor de mercado de R$ 2,16 bilhões.
Nesta terça-feira, as ações mostravam baixa de 1,1% por volta de 10h20, destaca a Reuters.
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João Alberto
João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, foi espancado e morto por dois homens brancos em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, na noite desta quinta-feira, 19, véspera do Dia da Consciência Negra.
De acordo com o amigo, João Alberto trabalhava como soldador, na empresa do pai. Dos dois primeiros casamentos, tinha quatro filhos. Com a esposa, tinha uma enteada. As imagens da agressão foram gravadas e circulam nas redes sociais. Os dois seguranças responsáveis foram presos. A investigação trata o crime como homicídio qualificado.
O assassinato de João Alberto gerou manifestações em todo o Brasil contra o assassinato e contra o racismo no país. Autoridades, acadêmicos, entidades sociais e personalidades deram diversas declarações de repúdio ao assassinato.
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