Prefeito Arthur Neto diz que Manaus não tem condições de abrir economia

(Mário Oliveira/Semcom)

Da Revista Cenarium

MANAUS – O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, participou nesta quinta-feira, 23, de uma reunião técnica da Câmara dos Deputados que debateu, por meio de videoconferência, a situação do Amazonas diante do avanço da Covid-19.

“Manaus não tem a menor condição de se abrir completamente para a atividade econômica, mais pessoas vão se contaminar e buscar auxílio médico”, destacou Virgílio, ao ser o primeiro a se pronunciar entre os convidados e relatar as necessidades da capital do Amazonas, para o enfrentamento do novo coronavírus.

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“Precisamos de pressa, de uma rapidez comparada ao avanço desse vírus. A máquina burocrática do governo federal não aprendeu ainda a andar na mesma velocidade. Precisamos de medicamentos específicos, de pessoal, de EPIs, de tomógrafos, enfatizei isso ao vice-presidente Hamilton Mourão, que esteve em Manaus, com a ideia de adaptarmos nossas Unidades Básicas de Saúde para fazer a triagem de pacientes”, relatou o prefeito.

A pauta foi realizada pela Comissão Externa, destinada a acompanhar ações preventivas da vigilância sanitária e possíveis consequências para o Brasil quanto ao combate à pandemia, presidida pelo deputado federal do Rio de Janeiro, Luiz Antônio Teixeira Jr. Na ocasião, o prefeito Arthur Neto também agradeceu o convite feito pelo deputado federal Marcelo Ramos, designado para compor a comissão e que está destinando verba de emenda parlamentar para a capital amazonense.

Pela Prefeitura de Manaus, além do prefeito, estiveram presentes os secretários municipais de Saúde, Marcelo Magaldi, e da Mulher, Assistência Social e Cidadania, Conceição Sampaio, e ainda o coordenador do hospital de campanha municipal Gilberto Novaes, Ricardo Nicolau. Pelo Amazonas, participaram o governador do Amazonas, Wilson Lima, sua secretária de Saúde, Simone Papaiz, o senador Omar Aziz, além de outros deputados estaduais e federais eleitos pelo Estado.

“Precisamos casar as duas coisas, as necessidades na saúde, como relatei, e uma ajuda da equipe econômica do governo federal, preparando grandes empresas e subsidiando pequenos empresários”, destacou Arthur, enfatizando que é preciso manter o isolamento social e a parceria de todos. “A cidade parecia em festa no feriado e não falta decreto meu e do governador. Inclusive, não vi outro caminho que não fosse a união com o Estado”, afirmou.

O prefeito também destacou que o hospital de campanha da prefeitura, instalado em quatro dias na estrutura de uma unidade de ensino prestes a ser inaugurada, deve chegar a 279 leitos, ao passo que alertou que o número de sepultamentos em Manaus só cresce e que, por isso, outras providências estão sendo planejadas. “Estamos inventando soluções, criando possibilidades, como a ampliação de mais leitos e a parceria com um crematório em um município vizinho”, citou.

“O que o Brasil precisa é de diagnóstico precoce, por meio de tomografia, para o paciente iniciar o tratamento o quanto antes e evitar a hospitalização. Falo isso diante da experiência de estar fazendo o acompanhamento”, pontuou Ricardo Nicolau, diretor do Grupo Samel e que dirige o hospital Gilberto Novaes.

Além de reforçar as necessidades da capital para o enfrentamento à pandemia, o secretário municipal de Saúde, Marcelo Magaldi, destacou a grande responsabilidade no atendimento básico, considerando a extensão de Manaus. “Fazer política pública, neste momento, tem sido um grande desafio, visto que mais de 50% da população amazonense reside aqui. Não estamos medindo esforços para ampliar a rede de saúde básica, para desafogar as unidades de média e alta complexidade”, pontuou, destacando também a atuação do hospital de campanha municipal.

Participaram ainda da conferência a assessora técnica do Departamento de Atenção Hospitalar e de Urgência da Saes, do Ministério da Saúde, Fernanda Hamze; o presidente do Conselho Regional de Medicina do Amazonas, José Bernardes Sobrinho; o presidente do Conselho Regional de Enfermagem do Amazonas, Sandro André da Silva Pinto; o presidente da Associação Médica do Amazonas (Ama), Jorge Akel; o presidente do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass), Alberto Beltrame; e o presidente do Conselho Nacional dos Secretários Municipais de Saúde (Conasems), Willames Freire Bezerra.

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