Prefeito de Manaus chama de ‘perfeita’ ação da GMM com uso de spray de pimenta
Por: Fred Santana
08 de setembro de 2025
MANAUS (AM) – O prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), afirmou nesta segunda-feira, 8, que a intervenção da Guarda Municipal durante o evento cultural “Sou Manaus Passo a Paço 2025” foi “perfeita”. A ação dos agentes municipais foi registrada na última noite do festival, nesse sábado, 6, quando várias pessoas passaram mal após o uso de spray de pimenta pelos servidores da prefeitura.
De acordo com Almeida, a confusão teve início por fraudes no sistema de acesso ao evento. Segundo ele, mais de 50 pessoas foram detidas por comercializar pulseiras de entrada ou repassá-las a terceiros. A prefeitura informou que, via monitoramento de câmeras, foram identificadas “cerca de 5 mil pessoas” tentando entrar irregularmente no espaço por meio desse esquema.
“Com relação à atuação da polícia, da guarda, foi perfeita a intervenção para evitar um tumulto maior”, disse o gestor em pronunciamento à imprensa. Almeida ainda comparou a situação com a noite anterior do festival, quando, após ajustes no controle das pulseiras, não foram registrados incidentes semelhantes.

O sábado foi a segunda noite do evento, marcado por confusão e polêmicas relacionadas à falta de organização e à transparência nos cachês pagos a artistas como o Grupo Calcinha Preta, Pablo e Ivete Sangalo, que chegam a cobrar até R$ 700 mil por show.
A reportagem da CENARIUM apurou que, no momento do show do cantor Pablo, após a apresentação da cantora baiana Ivete Sangalo, uma multidão foi impedida de ter acesso ao local, sob a alegação de que a capacidade máxima havia sido alcançada.
Jovens, mulheres e idosas deixaram o local tossindo e cobrindo o rosto. As imagens registradas apontam que a Guarda Municipal da Prefeitura de Manaus estava responsável pela segurança no local, conforme informou o cinegrafista da CENARIUM Erik Oliveira.
“Foi uma correria, muita gente desesperada para sair dali. Mulheres desmaiando, outras sem conseguir respirar. Foi uma confusão e ninguém sabia informar o porquê daquilo”, disse o profissional.