Prefeito de Manaus diz que Bolsonaro tem exame fajuto e que é colaborador direto das mortes por Covid-19 no país

Prefeito de Manaus, Arthur Neto (PSDB), voltou a disparar críticas ao Presidente Bolsonaro, o responsabilizando pelas mortes por Covid -19, no Brasil (Reprodução/Internet)

Mencius Melo – da Revista Cenarium

O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB, novamente fez duras críticas ao Presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). O presidente, que recentemente, em exposição de um vídeo gravado durante reunião ministerial chamou Arthur Neto, de ‘vagabundo’, teve seu exame de Covid-19, posto em suspeita pelo tucano.

“Aqui para nós, eu desconfio muito desse teste dele, me pareceu fajuto. É sangue de outro ali. Ele hesitou demais (em apresentar o exame). Se perguntar pra mim, você tem Covid? Eu falo não, já fiz mil testes e não tenho Covid”, cutucou o prefeito.

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“Corresponsável”

Em entrevista ao UOL, Arthur responsabilizou diretamente Bolsonaro pelos números de mortos no Brasil, vitimados pelo novo Coronavírus. “Acho que ele é corresponsável (pelas mortes), sim. Se ele fez as pessoas irem para a rua e a maior defesa é o isolamento social, então ele colaborou para entupir hospitais, para mortes de pessoas”, acusou Arthur.

Além de responsabilizar o presidente, Arthur Neto ainda exaltou a memoria do pai, Arthur Virgílio Filho, voz resistente à ditadura de 1964, cassado por ela, em 1968, cuja memória foi atacada por Bolsonaro, na mesma reunião ministerial.

“Meu pai foi um dos maiores líderes contra a ditadura militar, que enfrentou a ditadura como um homem deve enfrentar. Vir mexer com o pai do Felipe Santa Cruz (presidente da OAB), uma pessoa querida. Depois, se lembrar de mim: ‘aquele vagabundo daquele prefeito, filho de quem é…’. Ele conhece a lista que dedo-duro geralmente guarda do regime que ele idolatra”, disparou.

Marco no desmatamento

E no dia que o desmatamento na Amazônia, bateu número recorde, Arthur também comentou rapidamente, sobre a realidade dos números e da pressão sobre a floresta. “Ele mandou investigar dois funcionários do Ibama que estavam expulsando garimpeiros de terra indígena. Ele tem um coração com muita capacidade de odiar”, finalizou o prefeito.

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