Prefeito de Oriximiná, no Pará, alerta que falta de oxigênio é maior preocupação no momento

Delegado Fonseca, do PRTB, é eleito prefeito de Oriximiná, no Pará, durante entrevista em canal de TV da cidade (Reprodução/ Internet)


João Paulo Guimarães – Da Revista Cenarium

BELÉM, PA – No município de Faro (a 920 quilômetros de Belém, no Pará), seis pessoas morreram, esta semana, com a falta de oxigênio que atinge o Pará. Nesta quinta-feira, 21, outra cidade em crise é Oriximiná (a 818 quilômetros da capital). Porém, com uma disputa entre Governo do Estado e adversários de Helder Barbalho, as pessoas relatam total falta de apoio ou cooperação do governador paraense.

Em uma conversa vazada nesta quinta-feira, 21, pelo Twitter, o prefeito de Oriximiná, José William Siqueira, narra sobre a situação da saúde no município assim como o mal-estar na relação com a gestão de Helder Barbalho. Ele relata que, “há três dias, houve uma chamada de vídeo com todos os prefeitos do Pará e um pessoal da Secretaria de Saúde do Estado do Pará (Sespa), e eles disseram que era falta de gestão”, disse indignado.

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No decorrer da chamada de vídeo, segundo o prefeito Siqueira, a falta de oxigênio se dá por conta do fornecimento do insumo estar em falta nas empresas. “Disseram que era para falar sobre o plano de vacinação e eu disse que a minha maior preocupação era o oxigênio e que eu queria que o governo ajudasse, pressionasse as empresas a fornecer mais oxigênio. E aí ele disse que era problema de gestão e eu saí da live na mesma hora, desliguei o computador porque não é problema de gestão. A gente não tem onde comprar, essa é a verdade”, completou.

José William Siqueira, que já comprou uma usina recentemente em São José dos Pinhais, no Paraná, que estaria pronta para embarcar nesta quinta-feira, 21, às 18h, estuda fretar um avião para comprar, em Belém, mais 20 cilindros e afirma que Hélder Barbalho acusa a falta de gestão para se eximir da culpa pela crise do Oxigênio.

Decreto

Novas medidas restritivas foram adotadas no Pará, por meio de um decreto emitido pelo governo, com o objetivo de evitar que o sistema de saúde local entre em colapso em função do aumento de contágios pela Covid-19, semelhante ao que está acontecendo em cidades do Estado com que faz fronteira, o Amazonas.

A partir desta quinta-feira, 21, as regiões metropolitanas de Belém, do Marajó Oriental e do Baixo Tocantins saem da bandeira verde e retornam para a amarela, que representa risco intermediário de disseminação do vírus. Também ficam proibidas festas, shows e funcionamento de bares. A decisão foi anunciada na quarta, 20, nas redes sociais do governador Helder Barbalho (MDB-PA).

Covid-19 no Pará

O Pará registrou aumento de sete para 24 no número de novas mortes nas últimas 24 horas. O número representa aumento de mais de 340% entre terça-feira, 19, e esta quarta, 20, de acordo com boletim divulgado pela Sespa. O Pará chega a 314.119 casos e 7.458 mortes causadas pela Covid-19. Somente em Oriximiná, são 6.435 casos confirmados com 78 óbitos até as 20h dessa quarta.

Segundo boletim dessa quarta, 20, foram registrados mais 103 novos casos e 11 óbitos nos últimos sete dias. Em relação à subnotificação das prefeituras, foram confirmados 1.384 casos e 13 óbitos ocorridos em dias anteriores.

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