Prefeito do PL é detido com R$ 30 mil em cidade de Rondônia
Por: Camila Pinheiro
04 de outubro de 2024
O prefeito de Nova Mamoré e candidato à reeleição (Composição: Paulo Dutra/CENARIUM)
PORTO VELHO (RO) – O prefeito do município de Nova Mamoré (RO), Marcélio Rodrigues Uchôa, conhecido como Marcélio Brasileiro (PL), foi detido nessa quinta-feira, 3, com R$ 30 mil em espécie de origem desconhecida. A Polícia Federal (PF) suspeita que os valores seriam utilizados de forma indevida pela campanha do político que busca a reeleição na cidade localizada a 241 quilômetros de Porto Velho.
Em nota, a PF informou que Marcélio foi flagrado com o valor enquanto dirigia um veículo em uma região rural do município. Após o flagrante, o político foi encaminhado para o Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia (TRE/RO) por ter foro especial por prerrogativa de função.
Viaturas da Polícia Federal (Divulgação/PF)
Ação foi realizada pela PF e contou com o apoio de uma equipe da Polícia Militar de Rondônia (PM/RO) durante uma abordagem de rotina. De acordo com a instituição, a omissão de declaração pode ser enquadrada nos crimes previstos em lei e conhecidos como “Caixa 2”.
O candidato se manifestou nesta sexta-feira, 4, por meio de uma nota encaminhada à imprensa. Marcélio afirmou que colabora com as investigações em curso e disse que é “inocente”. Ele também reafirmou o seu “compromisso” com o que classificou como “a transparência e a ética”.
Ações intensificadas
A PF intensificou, nesta semana, ações nas Eleições Municipais de 2024 com iniciativas estratégicas focadas na proteção do processo eleitoral e no combate a crimes eleitorais. Mais de seis mil policiais federais estarão mobilizados em todo o País, além da utilização de drones para monitorar áreas críticas e prevenir infrações como boca de urna e compra de votos.
Agentes da PF analisam um painel do CICC Nacional (Divulgação/PF)
Durante o período eleitoral, a PF seguirá as diretrizes da Justiça Eleitoral e integrará o Centro Integrado de Comando e Controle Nacional, coordenando operações com outras forças de segurança para garantir a lisura do pleito. Entre as principais ações deste ano, destaca-se a participação de peritos criminais federais nos testes de validação das urnas eletrônicas, reforçando a segurança e a confiabilidade do sistema de votação.
R$ 16 milhões apreendidos
Até essa quinta-feira, 3, a PF apreendeu mais de R$ 16, 7 milhões em ações que miraram crimes eleitorais em todo o Brasil. No balanço divulgado, a instituição também informou que cerca de 2.200 inquéritos policiais relacionados à irregularidades envolvendo a eleição e contra o Estado Democrático de Direito foram instaurados durante o período.
De acordo com nota divulgada à imprensa, uma das maiores preocupações da PF nas eleições de 2024 incluem o aumento da difusão de fake news e desinformação sobre o processo eleitoral. Os agentes empregados nas ações também devem atuar no combate ao uso indevido de inteligência artificial e deepfakes em propagandas, a violência política, especialmente a violência de gênero, e a participação do crime organizado no apoio a candidatos.
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