Prefeitura de São Paulo suspende realização de procedimentos de interrupção de gestação


21 de dezembro de 2023
Prefeitura de São Paulo suspende realização de procedimentos de interrupção de gestação
Gestante pousa com mão na barriga (Reprodução)
Da Revista Cenarium Amazônia*

SÃO PAULO (SP) – A Prefeitura de São Paulo não está realizando procedimentos de interrupção de gestação nos casos previstos em lei no Hospital Municipal e Maternidade da Vila Nova Cachoeirinha, Zona Norte da capital paulista. A instituição é referência no País nesse tipo de atendimento.

A Secretaria Municipal da Saúde afirma, em nota enviada à coluna, que o procedimento “foi temporariamente suspenso”. A pasta não informou quando ele será retomado.

Segundo a Prefeitura, a paralisação do serviço é para que “sejam realizadas no local cirurgias eletivas, mutirões cirúrgicos e outros procedimentos envolvendo a saúde da mulher”.

As outras quatro instituições municipais referenciadas para os casos de aborto legal seguem realizando o procedimento, diz a secretaria. Elas são o Hospital Municipal e Maternidade Prof. Mario Degni, o Hospital Municipal Tide Setúbal, o Hospital Municipal Dr. Fernando Mauro Pires da Rocha e o Hospital Municipal Dr. Carmino Caricchio.

Ato pela descriminalização do aborto na Avenida Paulista em São Paulo (Bruno Santos/28.set.2023/Folhapress)

Na segunda-feira, 18, a Prefeitura excluiu o Hospital Municipal e Maternidade da Vila Nova Cachoeirinha do seu site que reúne instituições municipais cadastradas para fazer o procedimento de interrupção de gestação.

O aborto no Brasil é permitido em casos de estupro da mulher, de risco de vida para a mãe e em situação de bebês anencefálicos que não têm nenhuma chance de sobreviver depois do parto.

O Núcleo Especializado de Promoção e Defesa dos Direitos das Mulheres (Nudem), da Defensoria Pública de São Paulo, enviou um ofício ao secretário municipal da Saúde, Luiz Carlos Zamarco, pedindo esclarecimentos.

O órgão quer que a pasta esclareça os motivos da decisão e envie cópia dos documentos e do procedimento administrativo. “As informações requisitadas são imprescindíveis para a adequada defesa dos direitos difusos e coletivos de mulheres e meninas vítimas de violência sexual e usuárias do Serviço Único de Saúde (SUS)”, afirma o ofício.

A Defensoria destaca, ainda, que “a ausência de suporte médico às usuárias [do sistema de saúde público] pode representar violação aos direitos de dignidade, saúde sexual e reprodutiva”.

O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e professor Ricardo Lewandowski, ao lado da sua mulher, a advogada Yara de Abreu Lewandowski, prestigiou o lançamento do livro “Teoria do Estado Contemporânea”, que o homenageia. O evento ocorreu na noite de segunda, na Associação de Antigos Alunos da Faculdade de Direito da USP, em São Paulo. O ex-ministro das Relações Exteriores Celso Lafer e os advogados Igor Sant’Anna Tamasauskas e Pierpaolo Cruz Bottini estão entre os autores do volume, que é lançado pela editora Quartier Latin.

Leia mais: Ministro Barroso descarta julgamento imediato sobre aborto
(*) Com informações da Folhapress

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