Prêmio ‘Elos da Amazônia’ anuncia iniciativas vencedoras sobre produção do açaí

Cacho de açaí (Fábio Sian Martins/Embrapa)
Com informações da assessoria

MANAUS – A primeira edição do Prêmio Elos da Amazônia 2021 trouxe boas surpresas e cenários. Em três semanas de inscrições à premiação foi possível verificar que pesquisadores e empreendedores de todo o País têm ideias e soluções para os mais variados gargalos existentes nas cadeias de produção. Eles só precisavam de uma oportunidade.

Com o objetivo de resolver os principais desafios presentes na cadeia produtiva do açaí e auxiliar comunidades e cooperativas da região que atuam diretamente nesses processos, o prêmio foi lançado e recebeu mais de 50 propostas de 12 estados provenientes das cinco regiões do Brasil.

As iniciativas deveriam estar relacionadas ao uso de tecnologia para a colheita e conservação do fruto, criação de novos produtos provenientes do açaí e melhoria da relação do produtor com o mercado.

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“Identificar soluções reais, vindas de todo o Brasil, nos mostra que há um caminho para seguir. Nossa maior intenção é poder aplicar as soluções nos gargalos da cadeia produtiva do açaí. Para isso, é necessário recurso. Então, nosso próximo grande passo será buscar investidores e empresas interessados nas soluções propostas e conectá-los aos proponentes das soluções com maior destaque”, afirmou o diretor técnico do Idesam e coordenador do PPBio, Carlos Gabriel Koury.

O evento de apresentação das soluções, chamado “Açaí Pitch Day”, aconteceu de forma virtual e contou com a presença dos nove finalistas do prêmio e de três jurados convidados. Nele, os selecionados tiveram três minutos para falar de maneira objetiva sobre seus projetos e, ao final, responder às perguntas dos jurados.

Após as exposições dos trabalhos, a banca julgadora se reuniu de forma privada e definiu os quatro vencedores da primeira edição do Prêmio Elos da Amazônia 2021. Entre os premiados estão três projetos do Pará e um do Rio de Janeiro:

1º lugar: Biorrefinaria de sementes de açaí
A tecnologia propõe uma solução para o acúmulo e descarte inadequado do principal resíduo gerado pela cadeia produtiva do açaí: as sementes, popularmente denominadas de “caroço”.

2º lugar: Café padronizado do caroço de açaí
O projeto desenvolve um café do caroço de açaí padronizado em laboratório. A tecnologia será aplicada na fábrica modelo Associação de Mulheres Trabalhadoras Rurais de Belterra – AMABELA e poderá envolver outras comunidades da Amazônia.

3º lugar: Revfood – Película Comestível
Líquido comestível, feito a partir de casca, talo e caroço de frutas, que ao ser despejado sobre a superfície dos alimentos, forma uma película comestível capaz de prolongar o tempo de prateleira dos alimentos. A tecnologia poderá ser aplicada no açaí.

4º lugar: Debulhadora Automatizada Sustentável
Tecnologia inovadora desenvolvida pela equipe Caaetécatu que busca solucionar um dos problemas da cadeia do açaí: o trabalho infantil na etapa de debulha do fruto.

A premiação será em dinheiro, no valor total de R$ 30 mil, sendo R$ 12 mil para o primeiro colocado, R$ 9 mil para o segundo, R$ 6 mil e R$ 3 mil para o terceiro e quarto, respectivamente. O prêmio também irá proporcionar uma conexão direta das iniciativas reconhecidas com empresas e investidores de impacto da região. Mais informações podem ser encontradas no site do evento www.elosdaamazonia.org.br .

Dados sobre as inscrições e propostas

Perfil das inscrições:
● Pessoa Física -> 80,4%
● Pessoa Jurídica -> 19,6%

Linha de solução da tecnologia/projeto:
● Agregação de valor -> 44,6%
● Tecnologia para a produção -> 30,4%
● Gestão e relacionamento com o mercado -> 25%

Fase da tecnologia/projeto (dados principais):
● Protótipo ou um modelo piloto já testado -> 42,9%
● Conceitual, uma ideia ou teoria em fase de estudo -> 39,3%
● Está no mercado, já é um negócio ou protótipo aprovado -> 10,7%

Sobre o prêmio

O Prêmio Elos da Amazônia 2021 – Edição Açaí é um evento nacional, que acontece de forma virtual, realizado pelo Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam), Programa Prioritário de Bioeconomia (PPBio) e Impact Hub Manaus, com o apoio da rede Uma Concertação pela Amazônia.

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