Presidente da CPI da Pandemia nega pedido de Renan para prender Fabio Wajngarten


12 de maio de 2021
Presidente da CPI da Pandemia nega pedido de Renan para prender Fabio Wajngarten
Aziz justificou a decisão afirmando que "não é impondo a prisão de alguém que a CPI vai dar resultado" e que não é uma pessoa injusta (Edilson Rodrigues/Agência Senado)

Com informações da CNN Brasil

O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia de Covid-19, senador Omar Aziz (PSD-BA), disse que não vai pedir a prisão do ex-secretário de Comunicação da Presidência da República Fabio Wajngarten. Aziz justificou a decisão afirmando que “não é impondo a prisão de alguém que a CPI vai dar resultado” e que não é uma pessoa injusta.

“Ele foi chamado aqui como testemunha. Com Randolfe [Rodrigues] e Alessandro [Vieira], ele não mentiu nenhuma hora. Temos que ter muita cautela para não sermos um tribunal que está condenando. […] Se depender de mim eu não vou mandar prender Wajngarten. Não quero ser injusto com alguém porque não quero fazer com os outros o que não gostaria que fizessem comigo”, ressaltou.

“Aqui não é um tribunal de julgamento. Se quiserem contra a minha vontade, façam. Eu não vou dar ordem de prisão a ele. Qualquer um pode fazer, que o faça e responda pelos seus atos”.

O relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), divergiu de Aziz e ressaltou que estava diante de “flagrante evidente”, mas que não queria “sobrepujar” a posição do presidente da comissão. “Se esse depoente sair daqui ileso vamos fechar uma porta. Se houve crime de genocídio no Brasil e tem algum responsável por isso, é o que temos que responder”, disse Renan. “Não vou constranger Vossa Excelência”.

Pouco antes da declaração do parlamentar, Calheiros pediu a prisão de Wajngarten. O senador acusa o ex-secretário de mentir à CPI, onde o depoimento é dado sob a obrigação de dizer a verdade.

“Vossa Excelência, mais uma vez, mente. Mentiu diante dos áudios agora publicados, mentiu por ter mudado a versão sobre a entrevista que deu e continua mentindo. Evidente que essa decisão será do presidente desta Comissão, mas esse é o primeiro caso de alguém que vem à comissão parlamentar de inquérito e em desprestígio da verdade, mente”, criticou Calheiros.

O artigo 58 da Constituição prevê que CPIs têm poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, o que concede poder para que o presidente da comissão peça prisão em caso de flagrante.

A possibilidade de o ex-secretário sair preso da CPI foi discutida por senadores durante o intervalo da sessão, segundo apuração da analista de política da CNN Basília Rodrigues.

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