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Presidente da Fundação Palmares ataca congolês assassinado no Rio de Janeiro: ‘vagabundo’
Sergio Camargo, presidente da Fundação Palmares (Pablo Jacob / Agência O Globo)
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12 de fevereiro de 2022
Com informações do Infoglobo
RIO — O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, atacou nesta sexta-feira, 11, o congolês Moïse Mugenyi Kabagambe, assassinado em um quiosque, no Rio de Janeiro, para negar que houve racismo. Em publicação nas redes sociais, Camargo afirmou que o refugiado “andava e negociava com pessoas que não prestam” e que “foi um vagabundo morto por vagabundos mais fortes”.
“Moïse andava e negociava com pessoas que não prestam. Em tese, foi um vagabundo morto por vagabundos mais fortes. A cor da pele nada teve a ver com o brutal assassinato. Foram determinantes o modo de vida indigno e o contexto de selvageria no qual vivia e transitava”, escreveu o presidente da Palmares.
Moise andava e negociava com pessoas que não prestam. Em tese, foi um vagabundo morto por vagabundos mais fortes. A cor da pele nada teve a ver com o brutal assassinato. Foram determinantes o modo de vida indigno e o contexto de selvageria no qual vivia e transitava.
Horas antes, Camargo havia publicado que “não existe a menor possibilidade” de a Fundação Palmares prestar homenagens ao congolês. Segundo ele, Moïse foi vítima de um crime brutal, mas “não fez nada relevante no campo da cultura”.
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“Moïse foi morto por selvagens pretos e pardos — crime brutal. Mas isso não faz dele um mártir da “luta antirracista”, nem um herói dos negros. O crime nada teve a ver com ódio racial. Moïse merece entrar nas estatísticas de violência urbana, jamais na história”, disse Camargo ao se referir a uma declaração do poeta e escritor franco-congolês Alain Mabanckou, que participa da 11ª edição da Festa Literária das Periferias (Flup), no Rio.
Moise foi morto por selvagens pretos e pardos – crime brutal. Mas isso não faz dele um mártir da "luta antirracista" nem um herói dos negros. O crime nada teve a ver com ódio racial. Moise merece entrar nas estatísticas de violência urbana, jamais na história. pic.twitter.com/TKIKGnlJhe
A família de Moïse alega que ele foi morto após cobrar uma dívida de R$ 200 referente a diárias de trabalho, no quiosque Tropicália, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste da capital fluminense. Três suspeitos que aparecem no vídeo, que mostra o congolês sendo espancado, já foram presos. Eles negaram que o assassinato tivesse motivação racista e disseram que as agressões começaram após Moïse abrir uma geladeira do estabelecimento para pegar cervejas.
Imagens flagraram três homens agredindo Moïse Mugenyi Kabagambe com socos, chutes e até pedaços de pau e depois tentando reanimar o rapaz
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