Presidente do Banco Central projeta pico de inflação entre abril e maio

Presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto (Reprodução/Sérgio Lima 26/02/2019 / AFP)

Com informações do InfloGlobo

BRASÍLIA — O Banco Central (BC) estima que haverá um pico de inflação entre abril e maio, e não mais entre dezembro e janeiro, afirmou o presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, em evento promovido pela Esfera Brasil, em São Paulo, nesta sexta-feira, 11.

“A gente imagina (o pico de inflação) alguma coisa entre abril e maio e depois uma queda um pouco mais rápida da inflação”, afirmou. Essa mudança da projeção do pico de inflação foi motivada pela alta do preço do petróleo e a quebra de safra no sul do País.

PUBLICIDADE

Tinha uma percepção que a gente ia ver o pico de inflação em dezembro janeiro. Aí a gente viu uma quebra de safra, que não é pouco relevante. A gente estava vendo o petróleo indo para 60 (dólares), mas ele voltou (a subir) e está acima de 90 (dólares). Isso gerou uma quebra de percepção em relação ao que era o pico.

A avaliação do BC é de que a inflação no País está persistente. É por isso que a autoridade monetária vem promovendo a elevação de juros. Atualmente, a Selic está em 10,75%, mas o mercado já aposta que pode fechar 2022 acima de 12%, o que foi reforçado após a divulgação, nesta semana, da ata da última reunião do Copom.

Monitoramento

Ao comentar sobre o comportamento da inflação em outros países, como os Estados Unidos e nações emergentes, Campos Neto destacou que o BC saiu na frente ao elevar a taxa de juros, e que agora precisam monitorar a situação tanto do ciclo inflacionário em outros países como a dinâmica das taxas de juros.

 A gente entendia que ia ter um elemento mais persistente (de inflação) e saímos na frente. É verdade que a memória inflacionária no Brasil faz também com que a função de reação do Banco Central seja um pouco diferente, mas a gente acha que estamos mais acelerados no ciclo. Vai depender muito agora de como isso se comporta no mundo desenvolvido, principalmente Estados Unidos.

No final de janeiro, o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) já sinalizou que deve elevar a taxa de juros do país na reunião marcada para março.

PUBLICIDADE

O que você achou deste conteúdo?

Compartilhe:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.