Presidente do PL diz que Bolsonaro vai escolher candidato da sigla em 2026

Marcela Leiros – Da Revista Cenarium

MANAUS (AM) – O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto afirmou em vídeo divulgado neste sábado, 15, que será Jair Bolsonaro (PL) quem vai escolher os candidatos à presidência e vice-presidência da sigla para nas eleições de 2026. Segundo Costa Neto, o partido “deve” isso ao ex-presidente da República.

No vídeo de propaganda eleitoral do PL, Valdemar Costa Neto afirma, primeiramente, que o desejo é que o próprio Bolsonaro possa ser o candidato do partido, mas, se não for possível, ele que tomará a decisão dos representantes da legenda. Costa Neto diz, ainda, que é o ex-chefe do Executivo que “tem os votos” e que “ele e o povo brasileiro fizeram do PL o maior partido do Brasil”.

A possibilidade de Jair Bolsonaro não participar do pleito como candidato refere-se à cassação dos direitos políticos do ex-presidente até 2030, determinada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O julgamento ocorreu em junho de 2023 e teve 5 votos a 2 favoráveis à perda dos direitos políticos.

Leia a íntegra do discurso:

“Nós queremos o Bolsonaro candidato a presidente do Brasil pelo PL.

Agora, se ele não for, quem decide quem vai ser o candidato a presidente é o Bolsonaro.

Quem decide quem vai ser o candidato a vice- presidente é o Bolsonaro.

Nós devemos isso a ele, é ele quem tem os votos.

Bolsonaro e o povo brasileiro fizeram o PL o maior partido do Brasil”.

Articulação

O ex-presidente confidenciou a interlocutores, segundo informou a Folha de S. Paulo neste fim de semana, acreditar que a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) possa ser revertida, possibilitando uma volta às urnas em dois anos.

Bolsonaro foi condenado por suposto abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação (TV Brasil) pela realização e transmissão de um encontro com embaixadores em julho de 2022, ano eleitoral, em que atacava o sistema eletrônico de votação.

Um recurso aprestado pela defesa de Bolsonaro aguarda notação no STF. Ele está sob a relatoria do ministro Luiz Fux.