Presidente do TSE diz que pode cassar ainda este ano chapa Bolsonaro-Mourão

A afirmação foi feita pelo presidente do Tribunal, ministro Luís Roberto Barroso, durante coletiva à imprensa, em que fez um balanço do primeiro turno das Eleições Municipais de 2020. (Reprodução/ Internet)

Com informações da Reuters

RIO DE JANEIRO – O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, afirmou na quinta-feira, 12, que pretende pautar para depois das eleições municipais deste mês uma ação que tenta cassar a chapa do presidente Jair Bolsonaro e o vice Hamilton Mourão por supostas irregularidades na campanha de 2018.

A chapa vencedora das eleições foi acusada por opositores de práticas irregulares, como o suposto impulsionamento ilegal de mensagens nas redes sociais.

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Segundo Barroso, ainda há ao menos três processos apresentados ao TSE pendentes de julgamento, sendo que dois ainda não foram apreciados pela corregedoria e o terceiro já foi liberado para ser pautado, o que deve ocorrer até o fim do ano.

Barroso não deu detalhes, mas, ao ser questionado qual ação seria mais turbulenta para o presidente, afirmou que “em tese” seria aquela que aponta uma suposta ligação entre a chapa eleita a empresas privadas que teriam feito disparos em massa de mensagens nas redes sociais.

“Em tese, se houver prova de conexão dos disparos ilegais com a campanha presidencial, e se este fato for considerado suficientemente grave para justificar a destituição da chapa”, afirmou.

Barroso destacou que ainda não pautou o julgamento por considerá-lo sensível e para evitar uma instabilidade no período pré-eleitoral.

“Um dos recursos já foi liberado pela Corregedoria-Geral Eleitoral e eu não pautei porque esse é um assunto que traz um grau de turbulência, e às vésperas das eleições não me pareceu oportuno fazer… sem acirrar ânimos”, disse ele a jornalistas.

“É muito provável, senão certo que esse processo já liberado pelo corregedor seja julgado ainda esse ano”, adicionou o presidente do TSE.

Barroso afirmou que o TSE não é um “terceiro turno das eleições” e que os julgamentos sobre temas eleitorais se baseiam apenas nas questões jurídicas e nas provas dos autos.

Segundo Barroso, uma autoridade do governo federal o perguntou recentemente se o presidente Bolsonaro deveria se preocupar com o julgamento no TSE.

“Eu respondi: ´só se tiver feito alguma coisa errada´”, finalizou.

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