Presidente nacional do Instituto Afro Origem, Valneide Nascimento vai compor o GT de Igualdade Racial

Da Revista Cenarium*

MANAUS – A presidente nacional do Instituto Afro Origem (INAÔ), Valneide Nascimento, foi escolhida para compor o Grupo Técnico (GT) de Igualdade Racial da Equipe de Transição Governamental de Lula (PT). Militante do movimento negro desde 1997, Valneide é quilombola nascida no Espírito Santo e compõe como membro da Convergência Negra e da Jornada das Pretas no Brasil.

O GT é formado por Nilma Lino Gomes, ex-ministra de Igualdade Racial; Givânia Maria Silva, quilombola e doutora em sociologia; Douglas Belchior, fundador da educador e fundador da Uneafro; Thiago Tobias, advogado; Ieda Leal, do Movimento Negro Unificado (MNU); Martius das Chagas, secretário do Planejamento de Juiz de Fora; Preta Ferreira, liderança da Ocupação 9 de julho e ativista do movimento de moradia; e Yuri Santos Jesus da Silva.

Para Valneide Nascimento, o GT de Igualdade Racial é uma importante ferramenta para o combate ao racismo institucional. “Apesar de negros e negras serem mais de 50% da população brasileira, eles ainda são vistos como não pertencentes a diversos espaços, em especial, os da vida pública. O racismo produz consequências gravíssimas, como a exclusão de negros e negras dos direitos mais básicos”, afirmou.

Ela conta que “enfrentar o racismo institucional na administração pública é democratizar o acesso aos serviços e às políticas públicas para que todas as pessoas possam exercer sua cidadania. E o GT de Igualdade Racial é decisivo nesse contexto”, disse Valneide.

Na última segunda-feira, 21, a secretária nacional Valneide Nascimento, o secretário-geral Paulo Leites e o secretário de planejamento Euclides Vieira se reuniram com o coordenador da igualdade racial da equipe de transição do Governo Lula e Alckmin. Foram discutidos os espaços que a negritude e o movimento negro, no geral, estão ocupando na equipe de transição e as pautas urgentes para todo o povo negro no Brasil.

Grupos de Trabalho

Os GT’s deverão produzir relatórios que vão reunir informações, identificar riscos, alertas, ilegalidades, necessidades de apuração dos órgãos de controle e situações que exigem algum tipo de decisão que antecede a posse do presidente eleito. Eles também vão preparar os atos de iniciativa de Lula a serem editados, imediatamente, após a posse.