Presos em operação que apura fraudes na Saúde do AM são ex-dirigentes da antiga Susam e empresários

Governo afirma que investigados, em grande parte, são pessoas que já não fazem mais parte da estrutura de Governo, bem como servidores que não atuam como ordenadores de despesas ou tenham poder de decisão na estrutura do Estado ou da investigação em questão (Reprodução/ Internet)

Gabriel Abreu – Da Revista Cenarium

MANAUS – Os cinco mandados de prisão temporária cumpridos pela Polícia Federal nesta quinta-feira, 8, foram para Rodrigo Tobias, ex-secretário de Saúde; Dayana Mejia, ex-secretária de assistência da antiga Susam; o médico Ronald Caldas Santos e os empresários Luiz Carlos Avelino Júnior, marido da ex-secretária de Comunicação e Gutemberg Alencar.

Além disto, houve mandados de busca e apreensões contra seis investigados na Operação Sangria, entre eles a ex-secretária de Comunicação, Daniela Assayag e o vice-governador Carlos Almeida (sem partido) a qual as investigações da PF apontam que tinha grande influência na gestão da Secretaria de Saúde, pasta na qual atuou durante os três primeiros meses de governo.

PUBLICIDADE

De acordo com as investigações do Ministério Público Federal (MPF), a cúpula da Secretaria de Saúde se reportava, frequentemente, ao vice-governador para tratar de contratos da área de Saúde, inclusive sobre pagamentos.

As medidas cautelares, que incluem o sequestro de bens e valores dos investigados, foram determinadas pelo ministro Francisco Falcão, do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e requeridas pela subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo.

A segunda fase da operação tem o intuito de aprofundar a apuração sobre uma organização instalada no Governo do Amazonas com o objetivo de desviar recursos públicos destinados à atender necessidades da pandemia de Covid-19 no Estado. Os investigados são suspeitos de práticas como peculato, lavagem de dinheiro e também de promover a dispensa de licitação fora das hipóteses previstas em lei. Se condenados, podem cumprir até 30 anos de prisão.

Posicionamento

Em nota, o  Governo do Amazonas informou que está contribuindo com a apuração dos fatos pela Polícia Federal e órgãos de controle e reitera que “tem atuado de forma transparente e que confia na Justiça”.

PUBLICIDADE

O que você achou deste conteúdo?

Compartilhe:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.