Pressão política para ajudar reeleição de Bolsonaro pode levar Petrobras a anunciar redução no diesel

(Divulgação)

Circula entre os agentes do mercado financeiro que a Petrobras anunciará, nos próximos dias, reduções no preço do diesel. Há pressão política do Planalto e da Casa Civil por reduções quanto antes para fortalecer a retórica da disputa eleitoral. Integrantes do governo acreditam que as reduções dos impostos na bomba começam a fazer efeito nas pesquisas e novos anúncios podem consolidar um clima mais favorável à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), especialmente entre os caminhoneiros. Dentro da Petrobras, técnicos admitem que a estratégia de segurar o preço acima do PPI tem sido usado para compensar períodos em que a petroleira praticou valores muito abaixo da paridade.

Fanatismo de Michele

Outra preocupação no radar do comando da campanha de Bolsonaro é o discurso com tom de fanatismo da primeira dama, Michelle Bolsonaro. O sentimento de que a entrada de Michele na campanha podia trazer o voto das mulheres já é visto como razão de afastamento das eleitoras por conta das suas falas exaltadas, sempre transformando tudo em uma espécie de culto. Os gestos, avaliam, podem afastar pessoas de outras religiões, principalmente os católicos. Após a realização de um culto no Palácio, quando ela desceu a rampa interna do Palácio acompanhada de seguidores cantando orações religiosas, o vídeo nas redes sociais foi apagado.

Desfile em Copa

O presidente Jair Bolsonaro está irredutível no desejo de levar o desfile de 7 de setembro para a praia de Copacabana. O sim do prefeito Eduardo Paes surpreendeu os militares, que passaram a considerar a viabilidade do evento e agora afirmam que o gesto tira um peso de seus ombros. Paes reconheceu que existem “desafios logísticos” para levar o desfile militar para Copacabana, mas declarou que eles “podem ser superados”. Com isso, o assunto já está sendo discutido como possibilidade real, embora permaneça entre o generalato o receio de que o desfile se transforme em um ato de campanha, e que possam ocorrer ataques às instituições, misturando um evento eleitoral com a imagem das Forças Armadas.

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PT no Rio

Falando em Rio de Janeiro, a executiva nacional do PT vai se reunir, nesta semana, para decidir sobre os palanques nos Estados onde ainda há divergências entre o partido e aliados. No início do ano, o diretório nacional do PT delegou à executiva o poder para decidir sobre as alianças estaduais. Assim, a direção nacional pode tornar nula a resolução do PT-RJ que retirou o apoio a Marcelo Freixo por causa da insistência de Alessandro Molon (PSB) em disputar uma vaga ao Senado. O apoio à candidatura de Freixo foi costurado pelo próprio Lula, que está incomodado com a direção estadual do partido.

Ineficiência na saúde indígena

As mortes de indígenas no território dos Yanomami, em Roraima, são o retrato do atendimento médico precário que acomete os distritos sanitários especiais (DSEIs) do País, ligados à Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) do Ministério da Saúde. A ineficiência nos Desis, que sofrem com déficit de pessoal e falta de medicamentos, é o sintoma do aparelhamento nestas unidades, a maioria nas mãos dos milicos e apadrinhados do Centrão. As nomeações sem capacitação técnica acontecem em áreas de garimpo ilegal, queimadas, desmatamento e de conflitos entre fazendeiros e indígenas.

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