Prisão de Roberto Jefferson alerta ‘gabinete do ódio’ e milícia digital teme STF

A determinação da prisão de Roberto Jefferson foi feita pelo ministro Alexandre de Moraes (Marcos de Paula/Estadão)
Via Brasília – Da Cenarium

Problemas à vista

A determinação da prisão de Roberto Jefferson feita pelo ministro Alexandre de Moraes sinaliza grandes problemas para o bolsonarismo. Por um lado, abre a porta da cadeia para novas detenções de aliados do presidente e de milicianos digitais. Por outro, mostra que o ministro virou totalmente a chave contra o presidente da República. Entre os 11 ministros do STF, ele é hoje a principal voz a defender a inelegibilidade de Jair Bolsonaro. Quem também está com Moraes é Luís Roberto Barroso. Se mais quatro ministros ingressarem no restrito grupo, Bolsonaro pode acabar impedido de disputar as eleições em 2022.

Quatro inquéritos

Com boa parte do Congresso de joelhos para as demandas do Planalto, o papel de contraponto a Bolsonaro com mais chances de forçar algum limite ao presidente tem cabido ao Judiciário. O mesmo Alexandre de Moraes abriu nova investigação contra Jair Bolsonaro, a pedido do TSE, para investigar o vazamento de inquérito sigiloso da PF sobre urnas eletrônicas. Além de Bolsonaro, o deputado Filipe Barros também é alvo do inquérito. Já somam quatro os procedimentos investigatórios abertos no STF contra o presidente.

IRenda rejeitado

Em que pese o governo federal ter se valido dos R$ 11 bilhões em emendas RP9, as chamadas “emendas de relator” a regar o apoio aos congressistas, nessa quinta-feira, 12, o presidente da Câmara, Artur Lira (PP-AL) não conseguir passar mais um “tratoraço”. Pressionado pelos líderes de Centro, Lira foi obrigado a recuar da intenção de votar, nessa quinta-feira,12, a Reforma do IR. DEM, PSDB, PSD, Republicanos e MDB pressionaram alegando que votaram em três dias a PEC do Voto Impresso, a cassação de Flordelis, a MP 1045 e a Reforma Eleitoral, e que não houve tempo suficiente para se aprofundar no texto, que gera reclamações de vários setores.

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Limites a Lira

Para impor limites a Lira, Novo e Podemos, por exemplo, chegaram a se alinhar à oposição na votação do requerimento de retirada de pauta sob os mesmos argumentos. Lira deixou claro que gostaria de liquidar o assunto o mais rápido possível por considerar que quanto mais o tempo passasse, maior seria a pressão dos setores insatisfeitos. O esforço sobrenatural por parte do presidente da Câmara para “entregar” os pedidos do governo busca se cacifar para ganhar mais concessões ali adiante. Afinal, 2022 já começou!

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