Pró-anistia: Nikolas chama condenados pelo 8/1 de ‘baderneiros’ e Moraes de ‘covarde’
Por: Marcela Leiros
06 de abril de 2025
MANAUS (AM) – O deputado federal Nikolas Ferreira (PL/MG) se referiu aos condenados pelo 8/1 como “baderneiros” durante discurso no ato pró-anistia em São Paulo, neste domingo, 6. O parlamentar também chamou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes de “covarde”.
Ferreira mencionava as penas aplicadas aos presos e, posteriormente, condenados pelos ataques aos prédios dos Três Poderes em Brasília (DF). Uma das condenações criticadas na manifestação
“Altas penas são para criminosos, e não para baderneiros”, disse Nikolas Ferreira ao falar sobre as condenações. “Ditadores de toga, principalmente como Alexandre de Moraes, se utilizou do dia 8 pra nos amedrontar, se lascou, olha a gente aqui! Essa é a resposta para você, seu covarde”, acrescentou.
Convocados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), os manifestantes se reúnem na avenida Paulista, em São Paulo, para pressionar por anistia aos envolvidos nos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023. A concentração para a manifestação marcada para as 14h (horário de Brasília) teve início ainda durante a manhã.
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Com batons
Antes do ato pró-anistia na Avenida Paulista, em São Paulo, mulheres atenderam ao chamado da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e levaram batons como símbolo de apoio à anistia dos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. A cor vermelha foi evitada por algumas manifestantes, por ser associada ao Partido dos Trabalhadores (PT).
O cosmético foi utilizado em referência à cabeleireira condenada por cinco crimes, que envolvem a tentativa de golpe de Estado e inclui pichar com batom vermelho a estátua “A Justiça”, em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). Débora Rodrigues dos Santos está em prisão domiciliar desde o fim de março, após decisão do ministro Alexandre de Moraes.
“Ela está solta, mas com tornozeleira. Ou seja, não pode nem trabalhar direito, depois de dois anos presa, sem processo”, criticou a aposentada Neuza de Almeida, de 73 anos, que viajou de Sorocaba (SP) para participar da manifestação.