Procurador-geral da República pede atuação conjunta nas buscas por desaparecidos na Amazônia

PGR disse que Augusto Aras monitora as providências tomadas para localizar o indigenista e o jornalista inglês (Rosinei Coutinho/SCO/STF)
Bruno Pacheco – Da Revista Cenarium

MANAUS – O procurador-geral da República, Augusto Aras, defendeu nesta segunda-feira, 6, atuação conjunta das autoridades nas buscas e nos desdobramentos do caso de Bruno Araújo Pereira, da Fundação Nacional do Índio (Funai), e do jornalista inglês Dom Phillips, colaborador do jornal britânico The Guardian, que desapareceram no Vale do Javari, no interior do Amazonas.

Por meio de nota, a secretaria de comunicação social da PGR disse que Augusto Aras monitora as providências tomadas para localizar o indigenista e o jornalista e que, ainda, o procurador-geral tratou do tema com o ministro da Justiça, Anderson Torres, em reunião realizada no início da tarde desta segunda-feira, em Brasília.

“Na oportunidade, o PGR destacou a importância das instituições atuarem de forma conjunta nas buscas e nos demais desdobramentos do caso. O Ministério Público Federal (MPF) atua tanto em primeira instância, com os procuradores lotados na região, quanto por meio da Câmara de Populações Indígenas e Comunidades Tradicionais (6CCR) e do procurador-geral, que mantém interlocução permanente com os representantes de outras instituições com atuação no caso”, diz trecho da nota.

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A PGR reforça que tem atuado para garantir a estrutura necessária aos procuradores que acompanham o caso no Amazonas e que a Câmara de Populações Indígenas e Comunidades Tradicionais (6CCR) também está em contato permanente com os representantes da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), entidade onde o indigenista licenciado da Fundação Nacional do Índio (Funai) presta serviços.

Mais celeridade

O advogado criminalista e pré-candidato a deputado federal, em São Paulo, pelo PSB, Augusto de Arruda Botelho, pediu celeridade nas buscas pelos desaparecidos. Em uma publicação nas redes sociais, o advogado disse que toda pressão, neste momento, é importante.

Veja também: ‘Que sejam encontrados logo’, diz Lula sobre servidor da Funai e jornalista do The Guardian desaparecidos no AM

“Gravíssimo o desaparecimento do jornalista @domphillips e do Bruno Pereira na Amazônia. As autoridades precisam agir de forma rápida. Toda pressão é importante nesse momento. Peço ajuda de vocês para repercutir bastante isso”, escreveu Augusto Botelho, no Twitter.

MPF acompanha

Em nota à imprensa nesta segunda-feira, o MPF informou que instaurou um procedimento administrativo para apurar o desaparecimento de Bruno e Phillips. Além disso, o órgão ministerial acionou a Polícia Federal, a Polícia Civil, a Força Nacional, a Frente de Proteção Etnoambiental Vale do Javari e a Marinha do Brasil.

Confira também: Reforço especializado é enviado para atuar em buscas por indigenista e jornalista inglês desaparecidos no Vale do Javari, no AM

“O MPF seguirá intermediando as ações de buscas e mobilizando as forças para assegurar a atuação integrada e articulada das autoridades, visando solucionar o caso o mais rápido possível”, comunicou o órgão ministerial, na nota.

Órgãos se posicionam

Além do MPF, outros órgãos públicos representantes dos direitos indígenas e entidades sociais do País se posicionaram sobre o desaparecimento no Vale do Javari. A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) declarou que enviou ofícios a autoridades, se juntando aos pedidos para que o caso seja elucidado e que o resgate do jornalista e do indigenista, desaparecidos, sejam priorizados.

Em ofício, a Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Direitos dos Povos Indígenas da Câmara dos Deputados pediu ao ministro Anderson Torres, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, ao diretor da Polícia Federal, Márcio de Oliveira, e ao superintendente da PF do Amazonas, Eduardo Fontes, que as buscas pelos desaparecidos no Vale do Javari aconteçam com a devida urgência que o caso requer.

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