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Procuradora espancada por colega em SP quer processar agressor: ‘Ele tem que saber que há limites’
A procuradora foi espancada no local de trabalho (Foto: Reprodução da TV)
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22 de junho de 2022
Com informações de O Globo
RIO DE JANEIRO – Rosto inchado e hematomas pelo corpo. Dois dias após ser espancada por um colega de trabalho, na Procuradoria-Geral do município de Registro, no interior de São Paulo, as consequências dos socos, chutes e cotoveladas ainda estão presentes no corpo de Gabriela Samadello Monteiro de Barros, de 39 anos. Mas a procuradora pretende tomar medidas judiciais contra o agressor, Demétrius Oliveira Macedo, de 34 anos.
O vídeo do espancamento, filmado por outra testemunha da agressão covarde, viralizou em todo o País e, com cenas fortes, foi compartilhado por sites, blogs e internautas de todo o País.
“O juiz na sentença criminal pode fixar valor de indenização, mas pretendo entrar com processo cível, nem que seja para doar depois. Ele tem que saber que há limites e as mulheres não podem ficar caladas diante de tamanho desrespeito”, disse Gabriela.
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“Ele veio com tudo para cima de mim, deu uma cotovelada na minha cabeça, e eu fui arremessada na parede. Então ele começou a socar minha cabeça, e os funcionários ficaram em choque. Um ainda conseguiu gravar parte da surra que ele me deu. Ele me chutou inteira, eu fiquei desfalecida e quando estava levantando ele me deu outra”, relatou Gabriela. “Ainda me chamou de tudo, de puta e vagabunda”, acrescentou.
A vítima precisou ser levada para outra sala, que teve a porta trancada. Só então chegaram pessoas de outras repartições, que ouviram os gritos.
As agressões resultaram em um corte na cabeça e provocaram sangramento. Ao ser levada para a delegacia, os policiais entenderam que Gabriela não tinha condições de prestar depoimento na segunda-feira, 20. Os investigadores solicitaram que ela fosse primeiro à Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) para fazer limpeza e curativos.
O boletim de ocorrência foi registrado apenas nessa terça-feira, 21, assim como a realização de exame de corpo de delito. O caso é investigado pela Polícia Civil, mas a procuradora pretende pedir outro tipo de reparação.
Procuradora agredida
Macedo agrediu a vítima pouco depois de o Diário Oficial do município apresentar os nomes dos membros de uma comissão que irá investigá-lo. Um processo administrativo foi aberto para apurar denúncias de hostilidade contra uma funcionária que trabalha na mesma repartição. A servidora relatou estar com medo de trabalhar no mesmo ambiente de Macedo.
“Ele tinha um comportamento totalmente antissocial, não falava com ninguém, não cumprimentava, não tinha um mínimo de urbanidade. Já havia brigado e hostilizado outras funcionárias e me expulsado da sala dele”, descreveu Gabriela.
Macedo e Gabriela são concursados e trabalhavam juntos desde 2013. Empregadora dos dois, a Prefeitura de Registro manifestou “o mais absoluto e profundo repúdio aos brutais atos de violência” e “determinou de imediato que o agressor seja suspenso”.
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