Produção amazonense ‘O Barco e o Rio’ vence cinco premiações em dois festivais de cinema

Bruno Pacheco – Da Revista Cenarium

MANAUS – O curta-metragem amazonense “O Barco e o Rio” garantiu, no último fim de semana, mais cinco premiações em dois festivais com concorrentes nacionais e internacionais: o 12º LoboFest Festival Internacional de Filmes e a 17ª Edição do Cineamazônia – Festival de Cinema Ambiental.

O filme, dirigido por Bernardo Ale Abinader e produzido pela Fitacrepe Filmes e Artes Cênicas com o apoio do Edital Prêmio Manaus de Audiovisual, da Prefeitura de Manaus, venceu em quatro categorias no Troféu Mapinguari do 17º Cineamazônia: Melhor Ficção, Melhor Produção Amazônica, Melhor Diretor (Bernardo Ale Abinader) e Melhor Atriz com Isabela Catão.

No 12º Lobofest, O Barco e o Rio ganhou na categoria de Melhor Filme Nacional.

O Barco e o Rio

“O Barco e o Rio” conta a história de duas irmãs antagônicas chamadas Vera e Josi, interpretadas por Isabela Catão e Carolline Nunes, respectivamente. As jovens, donas de uma embarcação simples, herança de família, trabalham com transporte de mercadorias e passageiros, e veem a vida mudar devido a uma gravidez de Josi.

As irmãs vislumbram um destino diferente para o barco, Josi pensa em vender a embarcação para conhecer novos lugares ao passo que, Vera, enxerga o barco como o único sustento de ambas.

O filme conta com produção executiva de Hamyle Nobre, direção de fotografia de Valentina Ricardo, direção de arte de Francisco Ricardo, trilha musical de Heverson Batista (Batata), trilha sonora original e desenho de som de Lucas Coelho, montagem de César Nogueira e direção de produção de Keila Serruya, entre outros nomes.

Surpresa

Para o diretor do curta, mesmo com a produção se saindo como um dos destaques em um dos festivais mais tradicionais do País, o 48º Festival de Gramado 2020, ganhar novas premiações em outros eventos ainda é uma grande surpresa.

Em entrevista à REVISTA CENARIUM, Abinader revelou que está feliz pelo prêmio de Melhor Atriz, vencido por Isabela Catão. “Até então, ainda não havia sido premiada e ela merece muito! Trata-se de um grande talento da nossa região com quem tive o privilégio de trabalhar mais de uma vez e não vejo a hora de ela ser mais conhecida”, frisou.

Com as premiações, o diretor disse que espera despertar ainda mais a curiosidade das pessoas quanto as novas narrativas do cinema amazonense, além de contribuir para convencer a população sobre a importância de se investir na sétima arte e em toda a cultura no Estado.

“Fiquei muito feliz! É muito bom ver o filme repercutir de forma tão positiva. Isso vai ser bom para a minha carreira e a de todos da equipe, mas além disso eu espero que esses prêmios possam contribuir para o fortalecimento do cinema do Amazonas”, disse o diretor.

Questionado sobre se o Amazonas ingressou, de vez, para o mundo artístico dos filmes, Abinader disse que ainda é cedo para saber, mas espera que os passos vitoriosos do curta sejam o caminho.

“Para que o nosso cinema continue acontecendo e crescendo, tem que haver investimento estatal. Os editais precisam, no mínimo, continuarem. O ideal seria termos ainda mais investimentos para voltarmos a ter um curso superior de cinema em universidade pública e a chance de mostrarmos o nosso talento em outros formatos do audiovisual, como longa-metragem e séries de TV”, pontuou.

Novidades

Como planos para o futuro no cinema amazonense, Bernardo Ale Abinader disse, também, que está trabalhando na versão longa-metragem de O Barco e o Rio. “Estou na etapa de pesquisa e escrita do roteiro. Espero que eu consiga gravar esse filme até 2022, mas é ainda incerto”, falou à REVISTA CENARIUM.

Confira aqui a lista de filmes vencedores no 12º LOBO FEST

Confira aqui todos os agraciados com o Troféu Mapinguari, no 17º Cineamazônia.