Produção de motos no Polo Industrial de Manaus aumenta em 116,4% em março

De acordo com o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, a perspectiva é boa e a associação espera que, aos poucos, a relação entre oferta e demanda volte a ser equilibrada (Moto Honda da Amazônia/Divulgação)

Com informações da assessoria

MANAUS – Fabricantes de motocicletas em Manaus dobraram a produção em março, mas acumulam queda nos três primeiros meses do ano. Enquanto produziram 125.556 motos em março, aumento de 116,4% em relação a fevereiro (58.014 motocicletas), fabricaram 237.201 unidades de janeiro a março, volume 20,3% menor que no mesmo período de 2020 (297.599 unidades).

Os dados são da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo). O menor volume de produção nos meses de janeiro e fevereiro é atribuído ao agravamento da crise sanitária em Manaus.

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De acordo com o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, a perspectiva é boa e a associação espera que, aos poucos, a relação entre oferta e demanda volte a ser equilibrada. “Depois de dois meses as fábricas retomaram suas operações normalmente, seguindo os protocolos sanitários. Com isso, voltamos ao patamar de produção que deve se manter nos próximos meses e esperamos atender à demanda do mercado, reduzindo a fila de espera por motocicletas”, afirma.

Dentro dessa expectativa, Fermanian destaca que a Abraciclo mantém sua previsão de produzir 1,060 milhão de motocicletas em 2021, o que representa uma alta de 10,2% na comparação com as 961.986 fabricadas no ano passado.

Vendas no varejo

Em março, foram licenciadas 62.262 motocicletas, alta de 8,5% na comparação com fevereiro, quando foram emplacadas 57.384 unidades. Em relação ao mesmo mês de 2020, que teve 75.372 unidades comercializadas, houve retração de 17,4%.

“O varejo sofreu as consequências da suspensão temporária das operações de algumas fabricantes em janeiro e fevereiro. Além disso, diversas empresas associadas precisaram readequar seus turnos em função do toque de recolher do Estado do Amazonas devido à pandemia. A recuperação da produção alcançada em março deve refletir positivamente nos resultados de abril”, avalia Fermanian.

Com 29.504 unidades e 47,4% de participação no mercado, a Street foi a categoria mais emplacada em março. Na sequência, vieram a Trail (12.273 unidades e 19,7% de participação) e a Motoneta (7.948 unidades e 12,8%).

No primeiro trimestre, os emplacamentos totalizaram 205.444 unidades, volume 16,8% inferior as 246.848 motocicletas licenciadas no mesmo período do ano passado. As posições no ranking por categorias foram as mesmas apuradas no levantamento mensal: Street, em primeiro lugar, com 98.676 unidades e 48% de participação do mercado, seguida pela Trail (40.088 e 19,5% do mercado) e Motoneta (28.037 unidades e 13,6%).

Com 23 dias úteis, a média diária de vendas em março foi de 2.707 motocicletas – é o pior resultado para o mês, desde 2003, que registrou 3.240 emplacamentos/dia. De acordo com levantamento da Abraciclo, na comparação com fevereiro que teve 20 dias úteis, houve queda de 5,6% (2.869 motocicletas emplacadas/dia). Em relação a março do ano passado, com 22 dias úteis, a queda foi de 21% (3.426 emplacamentos diários).

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