Produção industrial no Pará cresce acima da média nacional
Por: Fabyo Cruz
13 de dezembro de 2024
BELÉM (PA) – O Pará é destaque como uma das unidades federativas que registrou maior crescimento na produção industrial em outubro de 2024, registrando alta de 7% na comparação com o mês anterior. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado colocou o Estado na liderança entre os avanços regionais, ao lado de Mato Grosso (4,6%), Paraná (3,7%) e Ceará (3,5%).
O desempenho no período interrompeu três meses consecutivos de queda na produção industrial paraense, período no qual houve uma retração acumulada de 7,5%. Além disso, a média móvel trimestral no Estado cresceu 0,9%, reforçando a retomada do setor industrial local.
Na comparação com outubro de 2023, a produção industrial paraense teve um salto de 12,5%. É o segundo maior crescimento entre os 18 locais pesquisados, ficando atrás apenas do Rio Grande do Norte (25,0%). A expansão foi impulsionada principalmente pelo aumento na atividade das indústrias extrativas, como a produção de minérios de manganês e ferro, tanto bruto quanto beneficiados.

Outros dados
No acumulado de janeiro a outubro de 2024, o Pará também apresentou resultado positivo, com crescimento de 4,7%, superior à média nacional de 3,4%. Esse desempenho colocou o Estado entre os sete locais com avanços mais expressivos no período. No índice acumulado dos últimos 12 meses, a alta foi de 6,2%, intensificando o ritmo de expansão em relação ao período anterior (5,4%).
Comparação
Embora o Pará tenha mostrado ganhos expressivos, houve uma perda de dinamismo no comparativo entre o segundo quadrimestre e o período setembro-outubro de 2024. A taxa anualizada caiu de 9,6% para 5,3%, indicando uma desaceleração no ritmo de crescimento industrial no Estado.
Perspectivas
O desempenho industrial do Pará reflete a importância das atividades extrativas para a economia local, mas também evidencia a necessidade de diversificação produtiva para sustentar o crescimento em médio e longo prazo. A retomada após meses de queda é um sinal positivo, porém as oscilações reforçam o desafio de estabilidade em um cenário global ainda incerto.